DA ESTABILIDADE DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO (1890)
Texto
de Pierre Laffitte, com adaptações e complementações contemporâneas de Paulo
Augusto Lacaz (2014)
ORDEM (Patronal) E PROGRESSO
(Proletário).
O trabalho que
estou publicando conta hoje em dia, com a evolução das notícias e a maior parte
do discurso que pronunciei em Paris (10, rua Mr. Le - Prince), na reunião
positivista de 05 de setembro de 1867, quando da data comemorativa da morte de
Augusto Comte ( 1 ) .
Ele tem por
objetivo chamar a atenção do público sobre a necessidade, tanto para o ponto de
vista SOCIAL, quanto do ponto de vista INDUSTRIAL, no que se refere à
conservação e a estabilidade dos fenômenos econômicos. (Indústria = Bancos, Fabril, Mineração, Agronomia, Comércio/Serviços,
Órgãos Públicos/ Monopólios Estratégicos)
A
insuficiência da Economia Política para dirigir a Ordem Industrial, nos
crescentes perigos desta doutrina absoluta é tão óbvia que realmente urgente de
se aplicar as Ciências Sociais (Sociologia e Moral) uma apreciação mais
adequada da atividade Industrial, para fornecer a esta atividade uma melhor
direção. As Ciências Sociais não podem ser de fato, um simples jogo acadêmico:
ela deve iluminar a prática e deve mostrar sua principal eficiência; além de suas
aplicações, que são as melhores verificações das concepções do cientificismo abstrato,
e a verificação de que ela serve também para seu tramite na modificação dos
vícios imperfeitos.
Eu sei o quanto eu devo chocar os
CONSERVADORES DOMINANTES e os PRECONCEITOS TRIUNFANTES ao chamar hoje uma
grande atenção, sobre a importância da Estabilidade da Ordem Econômica, mas, a
este respeito, a ciência deve punir apenas as tolerâncias dos preconceitos.
(1 ) Vejam a Política Positiva de Semerie 1872. –
(2) Pierre
Laffitte – La Revue
Occidentale –1892 – tome 6, No 4 , pp 35 à 74 – Paris – France http://palacazgrandesartigos.blogspot.com.br/2014/02/the-satability-of-economic-equilibrium.html
A Economia Política tem por
objetivo verificar e expressar a realidade das ocorrências econômicas e financeiras, e deve direcioná-las para a Opinião Pública; e nunca deve ser dirigida por
ela. Os ESTADISTAS, agindo como “PRONUNCIADORES REPUBLICANOS*, para terem em
conta as opiniões reinantes; bem como essas opiniões não deixem de constituir
um fato social e que a prática não deve ser desprezada de forma eficaz; mas sim,
para assumir o antagônico com séria consideração. O Estadista não deve ser representante
de vós de filósofo, mas ele deve verificar os acontecimentos como eles ocorrem;
e dizer a Opinião Pública como ela deve se posicionar para seu Bem Estar Social
e Moral; enquanto que apenas colocando na expressão de seus pensamentos, uma
moderação tolerante que alie muito bem o remanescente com uma firmeza
inabalável. (*) http://societocratic-political-regime.blogspot.com.br/2014/02/pronunciadura-republicana.html
Vide a atitude do Estadista Barack Obama (2014) – A Nação Americana, para
o Bem Estar dos Cidadãos Americanos está
acima do interesse dos Partidos. Caso tenha que agir contra as atitudes do
Congresso, tomará as ações devidas. [Tonight this chamber
speaks with one voice to the people we represent: It is you, our citizens, who
make the state of our union strong]. (Applause.) http://www.nytimes.com/2014/01/29/us/politics/state-of-the-union-address-text.html?_r=0
As Ciências Sociais, finalmente
estabelecidas por Augusto Comte sobre as bases positivas ou científicas, isto
é, que possuem Leis Naturais, permite abranger uma apreciação dos fatos e das
leis ou normas das Ordens Industriais, mais reais e mais completas, a partir de
agora; que somente era realizado pela Economia Política. Esta última doutrina
não poderia ter um valor transitório, mas a partir de agora ficou bastante
elaborada. Devido aos princípios tão bem estabelecidos por Quesnay que inspirou
a Turgot e a Smith; só poderia constituir uma palavra admirável, do remanescente,
mas meramente preparatório, que almejou como uma apreciação da Ordem Industrial,
isolada irracionalmente da tonifica dos outros fenômenos sociais, que na
verdade lhe são tão intimamente relacionados.
Estas manifestações e casos de
novas concepções podem ocorrer para atuar em conhecidas mentes reflexivas e
preparada de forma adequada para a tal pergunta da enquete!
É assim que vai ser capaz de formar-se,
finalmente, um novo impulso mental que acalmará a agitação doentia da indústria
ocidental e substituí-lo gradualmente e lentamente por um movimento progressivo de desenvolvimento; em
que o Progresso (Proletário) será sempre subordinado à Ordem (Patronal), orquestrado por um Sistema Capitalista
Policiado, com um consumismo moderado e instrumentado por um Regime Político,
cuja Conjuntura e Estrutura se assemelhem ao proposto pela Societocracia Republicana. No
entanto não será capaz de ser evitado pelo meio, que terá um desenvolvimento
fértil, onde estas perturbações incessantes tão profundamente desastrosas para
a situação de material ($), especialmente relacionadas às massas proletárias,
cuja reação moral é cada vez mais problemática hoje em dia.
Em suma o resultado definitivo do nosso trabalho será o de
estabelecer as bases científicas inabaláveis de regras morais com base em observações
sociais.
Toda grande renovação religiosa
ou doutrinária* sempre foi caracterizada, na evolução da nossa espécie, pelo
estabelecimento de um NOVO DEVER. O Positivismo mais completo e definitivo e
por enquanto sozinho não escapa a essa lei das grandes construções doutrinárias;
mas satisfeito pelo contrário, com mais plenitude do que em nenhuma das doutrinas
preparatórias.
Nós vemos o quanto é grande os erros daqueles
que acham que por esta simples declaração de que o estado normal da nossa
espécie deve consistir em dar aos homens, poderes de usar e de abusar; enquanto
deveríamos expurgar mais e mais, tais violências freando e ajustando tudo por
meios pacíficos.
Desta maneira de preservar o Estado Social,
cada um de nós seria limitado, na independência de suas manifestações não
pontuais, por suas sujeições voluntárias para as regras morais demonstradas,
mas apenas por interesses pessoais dos outros homens.
Se tais doutrinas pudessem
prevalecer trariam a deterioração de nossa espécie.
Mas, felizmente, não é assim; pois
se desejarmos aproveitar que isso possa seduzir algumas almas inteligentes
nessas doutrinas perturbadoras, onde vamos notar que ela resulta da sensação de mal
analisada, na necessidade de eliminar gradualmente, sem chegar lá nunca
completamente, pela intervenção da força meramente material na realização de
nossas diversas funções.
O Positivismo satisfaz às várias
condições do problema ao proclamar, por um lado, a determinação de cada um dos
nossos DEVERES mais e mais evoluídos, mas ao mesmo tempo, demonstrando, por
outro lado, que sua realização deve tornar-se mais e mais voluntária, para
conciliar a subordinação; assim, em outras palavras, com a dignidade, ele volta
a dizer que será regido cada vez menos, à medida que vai governar a nós mesmos
mais e mais. É lá mais à frente encontraremos
um tipo ideal que nossos ancestrais cavalheirescos sentiram, aceitando seu
programa e que será capaz de alcançá-lo, graças a uma doutrina de Novas Ideais
que a deles, e em uma situação mais favorável ao melhor entendimento.
Mas, se a conclusão do nosso
trabalho deve consistir na formulação das novas funções que o Positivismo acaba
fazendo finalmente penetrar na Ordem Industrial, e é necessária a continuidade,
de insistir um pouco, nesta introdução, sobre a verdadeira teoria científica do
DEVER.
A teoria geral do Direito foi até
aqui e dificilmente entrará - vista teológicas - doutrinas metafísicas; onde a Filosofia
torna-se positiva ou científica e pode finalmente abordar este grande tema e
construir uma teoria muito positiva a partir dela.
E em primeiro lugar, do que se trata o DEVER?
O DEVER, é a expressão formulada
de condições da nossa afluência para a existência de um título coletivo (
Família, Pátria e a Humanidade ) . Esta definição não é nada mais alguma coisa,
seguindo o caráter de definição científica e verdadeira, que a expressão
sistemática da ideia de que o senso comum universal ligado em todos os momentos
com a ideia da palavra DEVER. Este é um
fato experimental e universal da nossa natureza. A ciência, que é a extensão do
senso comum universal, tem por objetivo analisar e coordenar esta grande
verdade, esta grande noção, a fim de aceitar o que é necessário e modificar uma
parte ou aperfeiçoar o que é modificável.
O DEVER constitui uma função
simples e elementar dos Sentimentos (coração) Altruístas
( Veneração, Apego e Bondade) e da Inteligência (espirito), invencível em outros meios; ou é uma função composta
resultante da afluência habitual de outras funções simples. Para alguns dos
valores estabelecidos pelos os sentimentos agradáveis. Para outros Ele é um espectro
da inteligência de nossa mente ou psique, e em suma, como Kant disse, tem uma função
simples e sui generis. Mas essas soluções, independentemente do valor pré-visualizado
dos diversos eminentes aperfeiçoamentos que os motivam, não são compatíveis e
saudáveis para cada análise científica.
O DEVER é uma função composta pela
alma ou psique ou mente no encéfalo, resultando da afluência das funções
simples, que levam, portanto, à consequência ou ao poder único.
Os resultados dos DEVERES, de
fato, da aglomeração sentimental agradável que nos inspira a devoção para com
os outros seres, especialmente coletivo; e da inteligência que determina as
condições desta união e afluência; e desta combinação constante de uma afeição
e de uma opinião que resulta logo no comportamento do Homem, o sentimento do DEVER
REAL; ou a disposição para conformar nossa conduta nas condições necessárias
das vivências coletivas.
A consciência, em todos os tempos, é para um
homem o conjunto das regras habituais para as diversas conquistas dos DEVERES; e
o remorso não é nada mais que o arrependimento de forma autopunitiva de uma
emoção por não ter cumprido um DEVER. Gerando arrependimento, e caso o Ser seja
altruísta tenta corrigir o erro.
CONSCIÊNCIA - É a mais
nobre e mais eficiente das forças morais, decorrente da combinação dos
sentimentos com a razão para corrigir a ação. Tomar consciência é a
simbolização a posteriori do resultado desse processo, realizado a nível não
consciente. Como percepção das sensações interiores na pessoa, foi tida a
consciência como manifestação da divindade ou de poderes ontológicos. Rousseau
a chamou de instinto divino, juiz infalível do bem e do mal, na forma de um
ente metafísico. POLITIQUE, IV,219,334; COELHO,1980, 47,85; LINS,1965,221 ::: DEVER:
O reconhecimento do enorme poder do organismo social sobre os humanos explica o
dever dos indivíduos para com a sociedade que os gera, educa e protege sob
sucessivas gerações. O indivíduo isolado da sociedade não existe, é uma
abstração: --- esse agente social, o indivíduo, deve tudo de seu ser ao grande
ente social, a humanidade. Essa é a fonte imperiosa e demonstrável do dever e
da felicidade no sentimento social, no altruísmo. POLITIQUE IV,324.
Por essa razão é que existem
muitos REMORSOS distintos que têm DEVERES elementares. Daí ele resulta que a Noção
de DEVER não é absoluta, mas variável, sem ser arbitrária. O DEVER se
desenvolve gradualmente com a marcha histórica da HUMANIDADE, que o observa de
uma forma ativa e que verifica, por outro lado, a natureza composta da noção do
DEVER. Porque se fosse um sentimento ou simples inclinação de nossa natureza, o
DEVER seria capaz de ser modificado em sua intensidade, não em sua natureza.
Compreende-se que a partir de um
determinado momento que os DEVERES aumentam em número e tornam-se mais esclarecedores
com a Evolução da Humanidade. É o resultado da mesma natureza da evolução
social, onde as advertências aumentam à medida que as propagações da evolução e
da preservação complicam-se. Se os deveres não aumentassem em número e em
precisão com a extensão da evolução humana, a sociedade se tornaria
contraditória e se dissolveria a si mesmo.
Quando vivíamos como nômades nas
cavernas, a consciência do individuo era toda social e religiosa ele aceitava sem
reflexão os DEVERES, prescritos pelos costumes – os preconceitos considerando-os,
sobretudo como ordens da vontade divinas. A falta do cumprimento destes deveres
irritava os deuses ou a alma dos mortos. Também se pode dizer que os DEVERES em
todas as sociedades tornam-se, para um indivíduo, muito mais precisos e mais numerosos
quando que este indivíduo ocupa uma posição mais elevada na hierarquia da
função social. A análise de todas as sociedades nos oferta uma prova evidente, pois
na teocracia hindu mostra-nos um exemplo característico ao fazer isso no degredado,
o homem que não tem um DEVER.
A grandeza da civilização humana,
no que a difere das demais espécies animais, consiste precisamente em submeter-se
aos cumprimentos dos DEVERES, ou mais precisamente nas indiferenças das nossas
várias funções pessoais no princípio dessas indiferenças, resultando que as
várias formas de função pessoal conquistam ter consequências que não são de
todo indiferente aos outros homens.
PIERRE
LAFFITTE / Paulo Augusto Lacaz
NOTA : 1)Para melhor entendimento
sobre as Leis dos DEVERES, que fazem parte da Ciência da Construção ou Ciência
Moral Teórica Positiva ou Psicologia Científica; com suas respectivas
Tecnologias Normativas, que são muito usadas pelos Militares. Leiam o Livro http://www.doutrinadahumanidade.com/livros/ciencia_moral_positiva_pierre_laffitte.pdf atentando para Pagina 61 até a o final do
livro, aparecem os diversos DEVERES. (INDIVIDUAIS, DOMÉSTICOS, CÍVICOS, OCIDENTAIS,
ORIENTAIS e PLANETÁRIOS).
2)
http://www.doutrinadahumanidade.com/artigos/o_direito_deveres.htm 3) Livro
- ELEMENTOS DE FILOSOFIA MORAL – PIERRE-F. PÉCAUT – Tradução de Benedicto
Costa – Oficial de Instrução Pública – Livraria Garnier - Paris
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