Thursday, February 6, 2014

DA ESTABILIDADE DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO (1890)


DA ESTABILIDADE DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO (1890)
Texto de Pierre Laffitte, com adaptações e complementações contemporâneas de Paulo Augusto Lacaz (2014)

ORDEM (Patronal) E PROGRESSO (Proletário).


O trabalho que estou publicando conta hoje em dia, com a evolução das notícias e a maior parte do discurso que pronunciei em Paris (10, rua Mr. Le - Prince), na reunião positivista de 05 de setembro de 1867, quando da data comemorativa da morte de Augusto Comte ( 1 ) .

Ele tem por objetivo chamar a atenção do público sobre a necessidade, tanto para o ponto de vista SOCIAL, quanto do ponto de vista INDUSTRIAL, no que se refere à conservação e a estabilidade dos fenômenos econômicos. (Indústria = Bancos, Fabril, Mineração, Agronomia, Comércio/Serviços, Órgãos Públicos/ Monopólios Estratégicos)

A insuficiência da Economia Política para dirigir a Ordem Industrial, nos crescentes perigos desta doutrina absoluta é tão óbvia que realmente urgente de se aplicar as Ciências Sociais (Sociologia e Moral) uma apreciação mais adequada da atividade Industrial, para fornecer a esta atividade uma melhor direção. As Ciências Sociais não podem ser de fato, um simples jogo acadêmico: ela deve iluminar a prática e deve mostrar sua principal eficiência; além de suas aplicações, que são as melhores verificações das concepções do cientificismo abstrato, e a verificação de que ela serve também para seu tramite na modificação dos vícios imperfeitos.

Eu sei o quanto eu devo chocar os CONSERVADORES DOMINANTES e os PRECONCEITOS TRIUNFANTES ao chamar hoje uma grande atenção, sobre a importância da Estabilidade da Ordem Econômica, mas, a este respeito, a ciência deve punir apenas as tolerâncias dos preconceitos.
 (1 ) Vejam a Política Positiva de Semerie 1872. –
 (2)  Pierre Laffitte –  La  Revue  Occidentale –1892 – tome 6, No 4 , pp 35 à 74 – Paris – France http://palacazgrandesartigos.blogspot.com.br/2014/02/the-satability-of-economic-equilibrium.html

A Economia Política tem por objetivo verificar e expressar a realidade das ocorrências econômicas e financeiras, e deve direcioná-las para a Opinião Pública; e nunca deve ser dirigida por ela. Os ESTADISTAS, agindo como “PRONUNCIADORES REPUBLICANOS*, para terem em conta as opiniões reinantes; bem como essas opiniões não deixem de constituir um fato social e que a prática não deve ser desprezada de forma eficaz; mas sim, para assumir o antagônico com séria consideração. O Estadista não deve ser representante de vós de filósofo, mas ele deve verificar os acontecimentos como eles ocorrem; e dizer a Opinião Pública como ela deve se posicionar para seu Bem Estar Social e Moral; enquanto que apenas colocando na expressão de seus pensamentos, uma moderação tolerante que alie muito bem o remanescente com uma firmeza inabalável. (*) http://societocratic-political-regime.blogspot.com.br/2014/02/pronunciadura-republicana.html     Vide a atitude do Estadista  Barack Obama (2014) – A Nação Americana, para o Bem Estar dos  Cidadãos Americanos está acima do interesse dos Partidos. Caso tenha que agir contra as atitudes do Congresso, tomará as ações devidas. [Tonight this chamber speaks with one voice to the people we represent: It is you, our citizens, who make the state of our union strong]. (Applause.) http://www.nytimes.com/2014/01/29/us/politics/state-of-the-union-address-text.html?_r=0

As Ciências Sociais, finalmente estabelecidas por Augusto Comte sobre as bases positivas ou científicas, isto é, que possuem Leis Naturais, permite abranger uma apreciação dos fatos e das leis ou normas das Ordens Industriais, mais reais e mais completas, a partir de agora; que somente era realizado pela Economia Política. Esta última doutrina não poderia ter um valor transitório, mas a partir de agora ficou bastante elaborada. Devido aos princípios tão bem estabelecidos por Quesnay que inspirou a Turgot e a Smith; só poderia constituir uma palavra admirável, do remanescente, mas meramente preparatório, que almejou como uma apreciação da Ordem Industrial, isolada irracionalmente da tonifica dos outros fenômenos sociais, que na verdade lhe são tão intimamente relacionados.

Estas manifestações e casos de novas concepções podem ocorrer para atuar em conhecidas mentes reflexivas e preparada de forma adequada para a tal pergunta da enquete!

 É assim que vai ser capaz de formar-se, finalmente, um novo impulso mental que acalmará a agitação doentia da indústria ocidental e substituí-lo gradualmente e lentamente por um  movimento progressivo de desenvolvimento; em que o Progresso (Proletário) será sempre subordinado à Ordem (Patronal), orquestrado por um Sistema Capitalista Policiado, com um consumismo moderado e instrumentado por um Regime Político, cuja Conjuntura e Estrutura se assemelhem ao proposto  pela Societocracia Republicana. No entanto não será capaz de ser evitado pelo meio, que terá um desenvolvimento fértil, onde estas perturbações incessantes tão profundamente desastrosas para a situação de material ($), especialmente relacionadas às massas proletárias, cuja reação moral é cada vez mais problemática hoje em dia.

Em suma o resultado definitivo do nosso trabalho será o de estabelecer as bases científicas inabaláveis ​​de regras morais com base em observações sociais.

Toda grande renovação religiosa ou doutrinária* sempre foi caracterizada, na evolução da nossa espécie, pelo estabelecimento de um NOVO DEVER. O Positivismo mais completo e definitivo e por enquanto sozinho não escapa a essa lei das grandes construções doutrinárias; mas satisfeito pelo contrário, com mais plenitude do que em nenhuma das doutrinas preparatórias.

 Nós vemos o quanto é grande os erros daqueles que acham que por esta simples declaração de que o estado normal da nossa espécie deve consistir em dar aos homens, poderes de usar e de abusar; enquanto deveríamos expurgar mais e mais, tais violências freando e ajustando tudo por meios pacíficos.
 Desta maneira de preservar o Estado Social, cada um de nós seria limitado, na independência de suas manifestações não pontuais, por suas sujeições voluntárias para as regras morais demonstradas, mas apenas por interesses pessoais dos outros homens.

Se tais doutrinas pudessem prevalecer trariam a deterioração de nossa espécie.

Mas, felizmente, não é assim; pois se desejarmos aproveitar que isso possa seduzir algumas almas inteligentes nessas doutrinas perturbadoras, onde  vamos notar que ela resulta da sensação de mal analisada, na necessidade de eliminar gradualmente, sem chegar lá nunca completamente, pela intervenção da força meramente material na realização de nossas diversas funções.

O Positivismo satisfaz às várias condições do problema ao proclamar, por um lado, a determinação de cada um dos nossos DEVERES mais e mais evoluídos, mas ao mesmo tempo, demonstrando, por outro lado, que sua realização deve tornar-se mais e mais voluntária, para conciliar a subordinação; assim, em outras palavras, com a dignidade, ele volta a dizer que será regido cada vez menos, à medida que vai governar a nós mesmos mais e mais. É lá mais à  frente encontraremos um tipo ideal que nossos ancestrais cavalheirescos sentiram, aceitando seu programa e que será capaz de alcançá-lo, graças a uma doutrina de Novas Ideais que a deles, e em uma situação mais favorável ao melhor entendimento.

Mas, se a conclusão do nosso trabalho deve consistir na formulação das novas funções que o Positivismo acaba fazendo finalmente penetrar na Ordem Industrial, e é necessária a continuidade, de insistir um pouco, nesta introdução, sobre a verdadeira teoria científica do DEVER.

A teoria geral do Direito foi até aqui e dificilmente entrará - vista teológicas - doutrinas metafísicas; onde a Filosofia torna-se positiva ou científica e pode finalmente abordar este grande tema e construir uma teoria muito positiva a partir dela.

E em primeiro lugar, do que se trata o DEVER?

O DEVER, é a expressão formulada de condições da nossa afluência para a existência de um título coletivo ( Família, Pátria e a Humanidade ) . Esta definição não é nada mais alguma coisa, seguindo o caráter de definição científica e verdadeira, que a expressão sistemática da ideia de que o senso comum universal ligado em todos os momentos com a ideia da palavra DEVER.  Este é um fato experimental e universal da nossa natureza. A ciência, que é a extensão do senso comum universal, tem por objetivo analisar e coordenar esta grande verdade, esta grande noção, a fim de aceitar o que é necessário e modificar uma parte ou aperfeiçoar o que é modificável.

O DEVER constitui uma função simples e elementar dos Sentimentos (coração) Altruístas ( Veneração, Apego e Bondade) e da Inteligência (espirito), invencível em outros meios; ou é uma função composta resultante da afluência habitual de outras funções simples. Para alguns dos valores estabelecidos pelos os sentimentos agradáveis. Para outros Ele é um espectro da inteligência de nossa mente ou psique, e  em suma, como Kant disse, tem uma função simples e sui generis. Mas essas soluções, independentemente do valor pré-visualizado dos diversos eminentes aperfeiçoamentos que os motivam, não são compatíveis e saudáveis para cada análise científica.

O DEVER é uma função composta pela alma ou psique ou mente no encéfalo, resultando da afluência das funções simples, que levam, portanto, à consequência ou ao poder único.

Os resultados dos DEVERES, de fato, da aglomeração sentimental agradável que nos inspira a devoção para com os outros seres, especialmente coletivo; e da inteligência que determina as condições desta união e afluência; e desta combinação constante de uma afeição e de uma opinião que resulta logo no comportamento do Homem, o sentimento do DEVER REAL; ou a disposição para conformar nossa conduta nas condições necessárias das vivências coletivas.

 A consciência, em todos os tempos, é para um homem o conjunto das regras habituais para as diversas conquistas dos DEVERES; e o remorso não é nada mais que o arrependimento de forma autopunitiva de uma emoção por não ter cumprido um DEVER. Gerando arrependimento, e caso o Ser seja altruísta tenta corrigir o erro.
CONSCIÊNCIA - É a mais nobre e mais eficiente das forças morais, decorrente da combinação dos sentimentos com a razão para corrigir a ação. Tomar consciência é a simbolização a posteriori do resultado desse processo, realizado a nível não consciente. Como percepção das sensações interiores na pessoa, foi tida a consciência como manifestação da divindade ou de poderes ontológicos. Rousseau a chamou de instinto divino, juiz infalível do bem e do mal, na forma de um ente metafísico. POLITIQUE, IV,219,334; COELHO,1980, 47,85; LINS,1965,221 ::: DEVER: O reconhecimento do enorme poder do organismo social sobre os humanos explica o dever dos indivíduos para com a sociedade que os gera, educa e protege sob sucessivas gerações. O indivíduo isolado da sociedade não existe, é uma abstração: --- esse agente social, o indivíduo, deve tudo de seu ser ao grande ente social, a humanidade. Essa é a fonte imperiosa e demonstrável do dever e da felicidade no sentimento social, no altruísmo. POLITIQUE IV,324.

Por essa razão é que existem muitos REMORSOS distintos que têm DEVERES elementares. Daí ele resulta que a Noção de DEVER não é absoluta, mas variável, sem ser arbitrária. O DEVER se desenvolve gradualmente com a marcha histórica da HUMANIDADE, que o observa de uma forma ativa e que verifica, por outro lado, a natureza composta da noção do DEVER. Porque se fosse um sentimento ou simples inclinação de nossa natureza, o DEVER seria capaz de ser modificado em sua intensidade, não em sua natureza.

Compreende-se que a partir de um determinado momento que os DEVERES aumentam em número e tornam-se mais esclarecedores com a Evolução da Humanidade. É o resultado da mesma natureza da evolução social, onde as advertências aumentam à medida que as propagações da evolução e da preservação complicam-se. Se os deveres não aumentassem em número e em precisão com a extensão da evolução humana, a sociedade se tornaria contraditória e se dissolveria a si mesmo.

Quando vivíamos como nômades nas cavernas, a consciência do individuo era toda social e religiosa ele aceitava sem reflexão os DEVERES, prescritos pelos costumes – os preconceitos considerando-os, sobretudo como ordens da vontade divinas. A falta do cumprimento destes deveres irritava os deuses ou a alma dos mortos. Também se pode dizer que os DEVERES em todas as sociedades tornam-se, para um indivíduo, muito mais precisos e mais numerosos quando que este indivíduo ocupa uma posição mais elevada na hierarquia da função social. A análise de todas as sociedades nos oferta uma prova evidente, pois na teocracia hindu mostra-nos um exemplo característico ao fazer isso no degredado, o homem que não tem um DEVER.

A grandeza da civilização humana, no que a difere das demais espécies animais, consiste precisamente em submeter-se aos cumprimentos dos DEVERES, ou mais precisamente nas indiferenças das nossas várias funções pessoais no princípio dessas indiferenças, resultando que as várias formas de função pessoal conquistam ter consequências que não são de todo indiferente aos outros homens.

PIERRE LAFFITTE / Paulo Augusto Lacaz

NOTA : 1)Para melhor entendimento sobre as Leis dos DEVERES, que fazem parte da Ciência da Construção ou Ciência Moral Teórica Positiva ou Psicologia Científica; com suas respectivas Tecnologias Normativas, que são muito usadas pelos Militares. Leiam o Livro  http://www.doutrinadahumanidade.com/livros/ciencia_moral_positiva_pierre_laffitte.pdf  atentando para Pagina 61 até a o final do livro, aparecem os diversos DEVERES. (INDIVIDUAIS, DOMÉSTICOS, CÍVICOS, OCIDENTAIS, ORIENTAIS e PLANETÁRIOS).   
2)   http://www.doutrinadahumanidade.com/artigos/o_direito_deveres.htm   3) Livro  - ELEMENTOS DE FILOSOFIA MORAL – PIERRE-F. PÉCAUT – Tradução de Benedicto Costa – Oficial de Instrução Pública – Livraria Garnier  - Paris  
 



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