Wednesday, August 27, 2014

A HARMONIA E OS TRANSTORNOS MENTAIS


27 de Moisés de 212
27 de janeiro de 2001
Palestra
A Harmonia e os Transtornos Mentais


Um delineamento à respeito da Teoria Positiva dos Estados de Saúde e Patológicos da "Alma ou Psique ou Mente", residente no Encéfalo, denominados :
Razão,
Loucura,
Alienação e
Idiotismo.
                                                             Segundo Augusto Comte

Escrito por R. Teixeira Mendes e
Adaptado e Atualizado Cientificamente, para Palestra, por P. A . Lacaz,



      Quero neste momento agradecer ao Mestre dos Mestres, Augusto Comte; e parabenizar seus discípulos: Dr. M. G. Audiffrent ; o Sr. Sacerdote Positivista R. Teixeira Mendes; o Dr. Aníbal Silveira - Prof. de Psiquiatria desta Faculdade de Medicina de Jundiaí - Pós Graduado em Fisiologia Cerebral, em Chicago, nos USA; e o Dr. Jefferson de Lemos, médico Psiquiatra Social, que muito colaboraram e utilizaram, a Teoria Cerebral, a Filosofia Positiva, o Tratado de Sociologia e etc. de Augusto Comte, para obter suas Conclusões na: Etiologia, na Patologia, na Fenomenologia, nos Diagnósticos; nas Terapias e na Prevenção ( Higiene Mental e Profilaxia Psíquicas)

    E agora, quero render as minhas homenagens, a Equipe de psiquiatras, Chefiados pelo Dr. Joacy Salles de Barros, bem como a Bibliotecária desta Faculdade de Medicina, Senhora Aiko Chibukawa, que se simpatizaram pelo assunto, e me deram esta oportunidade, de reativar o Positivismo, neste espaço da Arte Médica.
    Desejo enfatizar e deixar registrado, que não sou psiquiatra, mas sou um profundo estudioso do Positivismo, das Obras de Augusto Comte, nos seus originais, e fui considerado pela Associação Internacional Positivista, em Paris, como um Religioso e Político Positivista, localizado no Brasil; como pode ser visto no "site" www.multimania.com/clotilde/urls.htm , devido aos meus artigos e minha Pagina - www.doutrinadahumanidade.com . Jamais terei a ousadia de clinicar, mas tenho o DEVER, de passar aos Senhores, que estudam e se dedicam à Psiquiatria, com vista a amenizar o sofrimento daqueles, cujas "Almas, penam", aqui na Mãe Terra; as conclusões cientificamente fabulosas, que se chegam, por meio desta Doutrina.
I ) Vamos primeiramente compreender a concepção Geral do Homem, em toda sua complexidade.
II) Em segundo lugar, vamos examinar as condições do equilíbrio cerebral, de onde resultará, a noção precisa, dos estados denominados, Razão, Loucura, Alienação e Idiotismo. Desta forma, isto nos conduzirá a percebermos a conexão entre o Problema Mental e o Religioso (Doutrina).
III) Em terceiro lugar, para apresentar breves reflexões sobre a Instituição do tratamento que convém ao Organismo Humano, no que tange a Loucura.
IV) E Finalmente, em quarto lugar, vamos examinar a evolução histórica, na pré-disposição para gerar as Perturbações Mentais. Moléstias da Alma.
Antes de mergulharmos nestes quatro itens, seria de bom alvitre, que os senhores tomassem conhecimento do que é o Positivismo. Para isso irei projetar rapidamente, algumas transparências, para elucidar esta Doutrina.
E retornaremos em seguida, ao tema desta palestra, que ficaria solto, sem a devida visão Sintética da Doutrina, que dá o sustentáculo à Psiquiatria Positiva. Para se conhecer o Positivismo, nos originais de Augusto Comte, é necessário estudar 8 anos; 6 horas por dia, no mínimo; e nos dois primeiros acompanhado de um conhecedor do assunto.
 

(I) Concepção Geral do Homem.

A) Para podermos analisar o Homem, como qualquer outro ser vivo, exige-se que se considere o seu Organismo e o Meio, sob cujas influências, este organismo surge, se desenvolve e termina


O HOMEM -B) Para que possamos compreender o Organismo Humano, há necessidade de se distinguir o Corpo (Soma), da "Alma" (psico) .
    • Corpo ( Soma), que se compõe de:
- Uma parte Vegetativa - As Vísceras
- Duas partes Animais
Ativa ----- Os Músculos
Passiva ---- Os Sentidos (8)

A "Alma" (psico), que está localizada no Encéfalo - representada por 18 funções Cerebrais, Concebida por Augusto Comte, cuja demonstração categórica coube à Gall, mas que falhou; e que até hoje, os acadêmicos, provavelmente por ingratidão, procuram denegrir; ela explica cientificamente, todo o comportamento da saúde e da patologia psíquica.
Entre o Corpo e a Alma, existem relações, que foram percebidas desde a Teocracia*, mas que somente P. J. G. Cabanis - pelo seu livro Rapports du Physique et du Moral de l’ Hommé 1824. 1844, 8a Edição; que dignamente esboçou, esta última fase da idade revolucionária, sobre este tema;
    • O Corpo atua sobre o cérebro, por intermédio do Sistema Vascular e do sistema Nervoso Sensitivo.
    • O Cérebro, por sua vez reage sobre o Corpo, pelos nervos motores e nutritivos.


* estilo de governo baseado no império das vontades divinas, o governo se impõe pela herança natural, onde o povo se subordina.


Estas ações e reações , são regidas pela grande Lei Natural, que preside a todos os fenômenos mútuos; lei esta, a 12a Lei da Filosofia Primeira ou da Fatalidade Suprema - conhecida como Lei da Mutabilidade ou Lei da Equivalência ou ainda Lei da Ação e Reação, que diz : "Existe sempre equivalência entre a reação e a ação, se a intensidade de ambas, for medida de acordo com a natureza de cada conflito".

Eis em resumo, a concepção sintética do nosso organismo, tal como resulta da elaboração científica. A Complexidade e as relações recíprocas dos seus elementos, conduziram a velha forma do consensus ( acordo unanime - tudo é solidário, tudo concorre, tudo conspira); mostrando a dificuldade do problema humano. Desta forma basta evidenciar a irracionalidade de procura-se a Saúde do Corpo, separado da Saúde da Alma.
Isto é um absurdo, separar a Medicina da Moral.
Desta forma, fica totalmente sem base, de um modo incontestável, a inqualificável monstruosidade, que constitui a radical e plena especialização médica, cuja pretensão, é conhecer e tratar de forma isolada, os fenômenos que por sua natureza, repugnam qualquer fracionamento.

Mas no regime em que vivemos, hoje em dia, no capitalismo democrático, exige que o tempo seja dinheiro; e por isso não temos tempo de formar Médicos Sacerdotes, e sim muitas das vezes Médicos Mercenários, para o "mercado da Patologia".

Esta indissolubilidade do nosso Organismo, é uma das bases, da Instituição Sacerdotal no Positivismo; que prescreve, que o Sacerdote seja Médico, e que o Médico, seja Sacerdote.
O Meio - C) Vejamos agora O MEIO, onde o Homem Vive.
Normalmente concebe-se O Meio, por forma que não corresponde à realidade; por que só se levam em conta, as influencias "cósmicas" - chuva, vento, frio, calor, terremotos, etc.; mas na verdade, cada um de nós sofre ações de duas categorias de fenômenos:

Uns Físicos e Outros Sociais

Por isso, a vida de cada homem, não depende somente das condições planetárias; mas também da civilização, onde ele se forma, e se desenvolve; isto é, onde ele VIVE.

Por isso, é importante reconhecer, que a maioria das influencias físicas, só afetam o indivíduo, através da espécie; porque a espécie vai cada vez mais modificando a sede de sua existência ou morada.

Resumindo, cumpri distinguir dois Meios para o Homem:
  • O Mundo e A Humanidade
As influencias Cósmicas atuam diretamente sobre o "Soma", mesmo as irradiações cósmicas, que agem sobre as glândulas cerebrais, alterando os metabolismos hormonais.As influências das Ações Sociais, agem na "Alma", que reside no Encéfalo, por meio da qual, cada indivíduo, se liga mais especialmente ao Passado e à Posteridade (gerações futuras); visão subjetiva.Ao passo que o Público, isto é, as gerações que compõem a atualidade - no Presente, atua como sendo um mundo Objetivo, isto é, externo.

       Assim resulta, que o Conhecimento e o Destino do Homem, não só supõe a composição do seu organismo, no seu conjunto; e mais ainda; ser impossível semelhante compreensão, sem o pleno conhecimento, do duplo meio que o envolve.

     Augusto Comte, exigiu que o Médico e o Sacerdote, fossem Filósofos, com o objetivo, deles virem a ter uma noção ampla, do Conjunto do Ser Humano.
No entanto, hoje em dia, levantam-se todas as mediocridades, interessadas na desordem social, se opondo e dificultando o preenchimento de tais condições; mesmo com estas imposições revolucionárias, fica evidente, que o Problema Humano não importa a razão.

O que acabamos de explanar, foram preliminares indispensáveis, para as apreciações especiais, dos diferentes estados mentais, cujos os exames vamos nos dedicar, a partir deste momento.

(II) Exame das condições do equilíbrio cerebral, de onde resultará, a noção precisa, dos estados denominados, Razão, Loucura, Alienação e Idiotismo. Desta forma, isto nos conduzirá a percebermos a conexão entre o Problema Mental e o Religioso (Doutrina).

Cérebro e suas Funções : Conforme a demonstração original de Gall, o cérebro é um conjunto de órgãos, isto é, um Aparelho; e que, de seu funcionamento resultam todas as manifestações psíquicas. Estas manifestações são sempre complexas, pois supõe a convergência de todos os órgãos cerebrais; e de todo o organismo. Pois o cérebro sem o corpo não pode funcionar.
Mas esta complexidade não impede que uma análise, dos fenômenos psíquicos, conduza a assinalar, as funções elementares, de cuja convergência resultam as funções mais ou menos complexas.
Gall, foi o primeiro à tentar, este exame com base positiva, falhou por que lhe faltavam antecedentes lógicos e científicos, que se resumem na construção da Ciência Sociologia. Multiplicou sem necessidade os órgãos elementares; o que não impediu ao seu gênio, de acertar em mais de um caso; alem do que, a seu trabalho foi imprescindível, para expor cabalmente o problema.

Augusto Comte, depois de discutir o método indispensável, a tão delicada análise, e mostrar que o método, se resumia por um lado, em subordinar a Indagação Anatômica ao exame Fisiológico; e por outro lado, comprovar a inspiração sociológica pela comparação zoológica, formulou o Quadro Sistemático da Alma.

Desta construção resulta a divisão do cérebro, em duas regiões desiguais, sendo a posterior consagrada ao Sentimento e ao Caráter, a anterior à Inteligência.

Os Órgãos da Inteligência estão em concessão com o Mundo, pelos aparelhos dos sentidos ou sensitivos. Os do caráter também se comunicam com o exterior pelo sistema nervoso motor. Os da inteligência só tem relações com os outros órgãos, vegetativos e animais.

Além disso, os órgãos cerebrais tem comunicações mutuas por meio de nervos destituídos de nevrilema.

O equilíbrio cerebral faz-se espontaneamente pela natural preponderância do sentimento sobre o caráter e sobre a Inteligência. Mesmo nos casos em que se acha que o Sentimento está subordinado à Inteligência; o que não é verdade pois de fato o que ocorre, é que a inteligência fica subordinada aos Sentimentos egoístas : a vaidade, o orgulho e quase sempre a cobiça.

a) Assim, se predominar o Altruísmo, pensa-se e age-se por Amor.

b) Caso predomine o egoísmo, pensa-se e age-se por interesse.

No primeiro caso, o equilíbrio é estável, porque a supremacia do Altruísmo exige apenas a subordinação e não a destruição das sugestões egoístas. Acresce que essa supremacia dá a Inteligência os mais amplos destinos; pois os sentimentos generosos são os promotores dos pensamentos gerais. Os grandes pensamentos vem do Coração, disse Vauvenargues.
No segundo caso, é forçosamente instável o equilíbrio, porque a multiplicidade dos instintos egoístas e seu poder, os fazem sucessivamente aspirar o comando.

Estas considerações já demonstram que o equilíbrio mental não será possível senão ocorrer a subordinação da Inteligência ao sentimento Altruísta; de sorte que o papel da Inteligência, consiste essencialmente em procurar, linhas de raciocínios para realizar esta digna submissão.

Além disso, é fácil mostrar que a inteligência não poderia encontrar em algum lugar, ponto de apoio, ao se examinar, o modo pelo qual se formam as concepções.

Aristóteles formulou o axioma primordial, de que nada existe na inteligência que não venha pelos sentidos.

Leibnitz, devido as aplicações viciosas deste enunciado, completou , afim de introduzir a espontaneidade mental: exceto a própria inteligência.

Logo em seguida, veio Kant que deu à este Princípio, sua formula sistemática, pela distinção entre o Objetivo e o Subjetivo.

Locke, Hume, Diderot e outros concorreram para por esta verdade fora de qualquer contestação, examinando-a sob diversos aspectos.

O resumo de todos estes trabalhos, com relação às concepções humanas, as normais como as anormais; as leis científicas, como as idealizações estéticas; os planos técnicos, as criações teológicas, as fantasias metafísicas, os delírios dos loucos, etc; tem sempre uma parte Objetiva e uma outra Subjetiva.

A parte Objetiva, teve origem, nas imagens exteriores, que por abstração deram as idéias, que pelos seus conjuntos deram os Pensamentos - então a parte Objetiva, corresponde aos elementos do Pensamento; a parte Subjetiva é a interação destes elementos dos Pensamentos.

Isto é tão fatal, como o Sol emana calor.

Ora senhores, como o ser humano está limitado a oito sentidos ( tato, musculação, gustação, caloração, olfação, audição, visão e eletrição), é provável que no mundo, pode passar-se uma infinidade de fenômenos , que para nós, são como se não existissem. Ainda mais: os nossos sentidos são imperfeitos, e jamais conseguiremos torná-los perfeitos.

Portanto, mesmo quando as ligações por nós introduzidas, para agrupar os elementos fornecidos pela contemplação do mundo, pudessem ser, a reprodução fiel, das relações reais; com certeza, a insuficiência inevitável dos materiais, tornaria impossível a representação absoluta da realidade.

Cabe aqui, questionarmos, se ao refletir, todo o desenvolvimento científico, para provar à Sociedade, quanto o nosso poder Indutivo e dedutivo, é inferior a complexidade dos dados fornecidos pela Observação, poderemos razoavelmente, aspirar descobrir no Mundo , o princípio coordenador dos Pensamentos?

Considerando esta situação precária da inteligência, e analisando, se nos resta outra linha de ação, senão aplicar as poucas forças, que possuímos à solução das questões que o amor social reclama.

Que mais digna missão à ser dada a Inteligência, do que consagrá-la a indicar os meios capazes de habilitar-nos, à satisfazer as aspirações generosas !

Considerações desta ordem levaram Augusto Comte a condenar a cultura da Ciência para a Ciência; da Arte pela Arte.

Pois podemos notar que o Pensamento que não visar o bem geral, é uma divagação, não é uma concepção onde simultaneamente ocorre o real, útil, certo, preciso, orgânico e relativo.
Essa subordinação da Inteligência ao Altruísmo, é a primeira condição da Harmonia Mental. Mas para realizá-la definitivamente é necessário o conhecimento das Leis Naturais Gerais, que regem essa subordinação; pois, tais Leis constituem os princípios universais do Dogma Positivo, e codificado por Augusto Comte de Filosofia Primeira ou Fatalidade Suprema.

Ocorridas antes da Teoria da Abstração, estas Leis Naturais marcam o inicio da Instrução Enciclopédica. Este ensino, segundo o Positivismo deve ser ministrado pelo Sacerdote, aos jovens de 14 à 21 anos; abrangendo as ciências: matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia e moral teórica e pratica.

Mostrar a Transparência com enunciado das 15 Leis Universais

Neste momento, já estamos de posse das ferramentas, e podemos compreender, em que consiste os estados mentais, denominados: loucura, alienação, idiotismo e razão.
Antes de tudo, cumpre distinguir, segundo o Dr. M. G. Audiffrent, no seu Livro "Des Maladies Du Cerveau et de L’ Innervation" - 1874 - a loucura e a alienação.

A alienação consiste na impossibilidade, em que se acha o indivíduo de harmonizar sua conduta, com a sua situação.

É evidente, por este raciocínio, que um doido é um alienado; mas a recíproca não é verdadeira.

Há indivíduos que conhecem a sua situação, no entanto não tem em si, força de vontade para se adaptar à ela. Por exemplo, são os casos dos movimentos irresistíveis. Os indivíduos nessas condições são Alienados, mas não são loucos.

As nossas concepções (Ato de ciar mentalmente), como já vimos, tem uma parte Objetiva e outra Subjetiva; para que a concepção seja normal, isto é , corresponda ao estado da razão, é imprescindível que ela represente o Mundo, com o grau de aproximação exigido, pelas nossas necessidades morais, intelectuais e práticas.

E para julgar se uma concepção, está nestes casos, é preciso atender ao Conjunto das Leis Naturais da Fatalidade Suprema. Todas as vezes que não for assim, a concepção é mórbida, isto é, gera doenças: sendo que se pecar por excesso de subjetivismo, assinala o estado de loucura; e se pecar por excesso de objetivismo, marca o estado de idiotismo. Donde se percebe que a Razão é o meio termo, pois a loucura e o idiotismo são os extremos.

As mesmas Leis Naturais, mostram que o Estado de Razão, nada tem de absoluto: como todas as concepções científicas, ele é relativo. Tal modo de pensar, que em certa época, e em certos indivíduos, constitui prova de loucura, em outras épocas, e em outros indivíduos é plenamente normal.

Para julgar as concepções; isto é, ao se analisar os atos de se criar mentalmente, ou conhecer as Abstrações, é necessário lembrar, que entre as Leis Intelectuais, ( as 4/5/6/7/8/9 Leis do Grupo das Plenamente Subjetivas - da Filosofia Primeira); umas são Estáticas,(4, 5 e 6) isto é, verificam-se por toda parte e em todos os Tempos; e outras, as Dinâmicas (7, 8 e 9) só podem ser verificadas em civilizações que já possuam uma longa evolução.

As Leis Estáticas do Entendimento, são sempre respeitadas no Estado de Razão. Assim a concepção normal é sempre a mais simples, a mais simpática e a mais estética, de acordo com os dados adquiridos; as impressões são sempre mais vivas e mais nítidas, do que as imagens subjetivas, o que nos liberta das alucinações habituais; e finalmente, a imagem normal, é preponderante, o que nos preserva da incoerência. Estas três Leis Naturais, representam o Mundo como fornecendo à inteligência, o alimento, o estimulante e o regulador. Quando da loucura, pelo contrário, há sempre a complicação das hipóteses; as imagens interiores tornam-se tão nítidas, que as impressões ou imagens externas, podem até passar despercebidas; e finalmente ao mesmo fenômeno, correspondem imagens, as mais extravagantes.

No entanto, as Leis Dinâmicas do Entendimento, onde o equilíbrio resultante das Leis Estáticas é susceptível de diferentes estados; leva-nos à concluir, que a suprema lei lógica, consistindo na formação da hipótese mais simples, mais simpática e mais estética, de acordo com os dados obtidos; compreenderemos que estes diferentes estados estáticos, variando à medida que a vida individual ou coletiva se prolongam, por isso, a concepção normal também deve mudar. Esta mudança é sempre regida pela mesma lei, porque a complicação normal é invariavelmente destinada à representar o conjunto dos dados, da maneira mais simples, mais simpática e mais estética. Por exemplo, basta considerar a série de hipóteses imaginadas sobre a forma da Terra, e encontraremos a verificação do que acabo de expor.

Primeiramente a Terra foi considerada Um Plano; depois uma esfera e finalmente uma Elipsoide.

As três Leis Dinâmicas do Entendimento: Lei da Evolução Intelectual, Lei da Evolução Ativa e Lei da Evolução Afetiva, especificam o caminho em que se operam essas transformações. Estas leis nos mostram, como as duas ultimas Leis do 1O Grupo de Leis - Tanto Objetivo como Subjetivo: a Lei da Imutabilidade e da Modificabilidade, que caracteriza o Estado Positivo, representam dados que não podem expressar as Fazes Anteriores ( Fetichista, Teológica e Metafísica).

Assim os Politeístas e Monoteísta, Gregos, os Romanos, os Judeus, os Maometanos, os Protestantes e os Católicos, que esperaram e esperam, conseguir todas as transformações, invocando as vontades dos Deuses ou do Deus; não levam em conta as mencionadas Leis Naturais; e nem por isso estão loucos. Isto porque, com os dados cósmicos, sociais e morais de que eles dispõem: a crença em que tudo é governado pelo arbítrio de entes sobrenaturais, constitui a hipótese exigida pela 1a Lei - Lei da Relatividade - ou das Hipóteses. Mesmo assim não estão livres de freqüentes alucinações; por faltar-lhes uma teoria científica que explique a sensação; que permita ratificar as perturbações que elas expressam. Mas, espontaneamente, a vida pratica, corrige os desvios, que tem origem na essência destas crenças, subordinando todos os aspectos da natureza humana às necessidades sociais. Mas, é somente quando a existência se complica, pela multiplicidade dos elementos e das relações, que o empirismo, torna-se insuficiente para garantir essa preponderância da vida coletiva.

Quanto as Leis do 3o Grupo, que são principalmente objetivas, não são exclusivamente morais, mas com certeza, elas se verificam na existência humana, e explicam uma série de circunstancias, de outra forma que não leva em conta a inteligência humana, isto é, onde se processam as leis do entendimento.

O resumo, do que ficou dito, é que os estados de loucura ou de idiotismo, só podem ser julgados tomando para termo de comparação, a fase Mental da Humanidade Contemporânea do Indivíduo. Um maior subjetivismo ou um maior objetivismo, marcam a tendência para a loucura ou para o idiotismo, respectivamente. Mas cabe aqui alertar, que estas fases mentais, devem ser apreciadas, tomando em consideração, o conjunto das leis naturais, que regem a existência e o desenvolvimento de nossa espécie. Desconhecendo estas leis, o empirismo conduz a substituir o Público pela Humanidade; e decidir do estado mental, pela comparação com a generalidade dos contemporâneos.

Esta pratica, permite sempre acertar, quando a diferença, entre o Indivíduo e a Atualidade, facilita ele voltar, à um estado mental, já transposto, pelas pessoas, com quem ele convive. Mas quando as contradições resultam de achar-se o indivíduo, mais adiantado do que o comum dos homens contemporâneos, e desta forma o exame sendo-lhe impossível; é fácil contemplar-se o espetáculo, de entes queridos do indivíduo, saturados de um subjetivismo doentio, repreenderem de loucos ou de idiotas , os que não crêm na mesma fantasia.

Este fenômeno é apenas transitório; porque a evolução tende elevar todos os Homens ao conhecimento dos resultados científicos. Uma vez realizada essa transformação, à um certo grau, cessará a discordância entre os juízos do bom senso vulgar, e as indicações dos verdadeiros teoristas ou cientistas.

Aqui, cabe uma pergunta: Quais são as condições para que haja ocorrência da Loucura?

Não há duvida que se pode conceber a priori, um excesso de subjetivismo, por doença própria dos órgãos intelectuais. Mas quando se reflete na fraqueza intelectual da inteligência, não se pode deixar de reconhecer; que tais casos devem constituir uma raridade. Mas na hipótese de lesão de tais órgãos , é antes presumível o idiotismo.

A Loucura supõe quase sempre uma Emoção exaltada, que torna impossível uma Harmonia Mental, pelas reações da parte dos Órgãos do Sentimento, sobre os Órgãos da Inteligência. Estes Sentimentos podem ser de origem Altruísta, como são citados em alguns casos, do que os empíricos chamam de "mania religiosa" - predominante principalmente, naqueles que lêem e relêem constantemente a Bíblia, e ficam nas praças publicas pregando as palavras do Senhor; num subjetivismo teológico, quase puro; sem nenhuma outra atividade.

Mas quase sempre o motivo, parte do sentimento egoísta; sendo o materno, o orgulho e a vaidade, os que fornecem o maior número de loucos, segundo o Dr. Audiffrent.

A atividade representa um papel eminente na manutenção do equilíbrio cerebral. Muitas vezes, a loucura é devida, não tanto aos exageros do sentimento, mas devido a insuficiência do Caráter, sobretudo no que se refere a Perseverança.

A excitação dos órgãos do Caráter, a prudência, a coragem e perseverança, podem produzir alienação sem loucura; mas pode também, excitando quaisquer dos órgãos do Sentimento, com quem estão relacionados, determinar a Loucura. A Alienação pode também ser devida a uma exaltação Sentimental, ou mesmo, a uma perturbação visceral.

Alem das causas do desequilíbrio da Alma, pode a loucura ser proveniente das reações vegetativas. São as loucuras desta categoria, que fornecem a maioria da cura, atribuídas ao emprego de medicamentos.

Para completar estas rápidas e sintéticas explicações, vamos acrescentar, que a excitação vegetativa determinante da loucura, pode ser favorecida, por um regime alimentício anômalo; por falta ou por excesso; mas neste ultimo caso, é mais provável o Idiotismo.

Cabe aqui mostrar o Quadro dos Principais Sintomas Peculiares à Loucura e ao Idiotismo - extraído da Obra - Des Maladies du Cerveau Et De L’Innervation, pagina 690 - 1874, do Dr. M. G. Audiffrent -

Podemos assim concluir que a Harmonia Mental, bem como o Equilíbrio Funcional de qualquer parte do Organismo, supõe a Harmonia do Conjunto. Assim, um ponto lesado, reage sobre o sistema, e pode acarretar a violação dos limites, de variação compatíveis, com a existência racional. Daí a grande complicação do problema humano, isto é, a dificuldade de conseguir e manter a unidade funcional.

Como foi visto, que para realizar a harmonia cerebral, é necessário um sentimento predominante; mas o sentimento pode apenas suscitar desejos, de cuja satisfação, cabe a inteligência indicar os meios; que a atividade ou caráter tem que realizar. Segue-se que, uma vez aceita a preponderância Sentimental, como base; compete a Inteligência dissipar, pela estabilidade da ORDEM que revela, as Emoções {(Flutuação Sentimental ( egoísmo x altruísmo)}. A Partir deste ponto, a Atividade pode por em pratica os projetos, que o AMOR Social inspirar à Inteligência. Foi assim que Augusto Comte, resumiu, em uma Máxima:

"Agir por Afeição e Pensar para Agir".

Resumindo, o equilíbrio orgânico, supõe um Sentimento Predominante, combinado com uma imagem coordenadora, para conduzir à uma Prática contínua.

Estas condições de equilíbrio, não se realizam sem a convergência dos Seres, e da Espécie; isto é, da Humanidade. Não somente porque Humanidade é o único ente capaz, de determinar o desejo definitivo, bem como instituir a idéia fundamental e assinalar a pratica invariável; mas também, porque constitui o meio, em que vive o indivíduo, e se este meio não tiver estabilidade, o indivíduo também não pode tê-la.
O Objetivo das Religiões, é atingir e manter a Unidade Moral e Social ( mas hoje em dia, só se vê predominar o interesse por dinheiro, isto é, a unidade Material). Todas elas deveriam ter como principal objetivo, encontrar soluções desse problema supremo, por caminhos mais ou menos aproximados, conforme os Tempos e os Lugares; o desenlace coube a Augusto Comte. Tomando por princípio o Amor Universal; por Base, o conhecimento Científico da Ordem, que nos domina; e por fim, isto é, por objetivo, o aperfeiçoamento contínuo do Homem. Assim o Positivismo liquidou o empirismo tateável e inaugurou a conciliação sistemática da Ordem com o Progresso.

III) Reflexões Gerais, Sobre a Instituição do tratamento dos estados anômalos do Psico, especialmente o da Loucura.

Rompido o equilíbrio mental, quais as condições para restabelece-lo ?
Esta questão nos conduz a apresentar algumas reflexões gerais sobre o tratamento dos estados anômalos do organismo e em especial o da Loucura.

O conhecimento dos antecedentes é o elemento indispensável para a instituição dos meios curativos, porque são eles que fornecem os dados necessários para julgar da origem do mal. Os casos de perturbações devidas às reações vegetativas, são sem dúvida as mais acessíveis ao empirismo médico. Mas os Médicos não dispensam o recurso às influencias morais destinadas à por o cérebro, em condições de melhor reagir.

A loucura caracterizando-se por um excesso de subjetivismo, faz com que todos os esforços, devam se concentrar, em fazer predominar as correspondentes imagens normais, a cada impressão. Assim, as imagens, sendo tanto mais vivas , quanto mais os sentimentos o afetem; a conseqüência, é que a convivência com as pessoas da família, com os animais domésticos e os amigos, constitui o meio , mais seguro para chamar um Homem à razão.

Por que a imagem de um estranho, como a de um objeto qualquer, que não impressione fortemente os sentimentos altruístas, podem fortemente despertar as fantasias do delírio ?

No estado de excitação cerebral, em que se acha o doente mental, o louco, cada nova impressão, constitui um tema propício e oportuno para divagações. É indispensável justamente, cercá-lo dos entes queridos, cuja a imagem normal, tende a prevalecer, com mais espontaneidade, sobre aquelas que a agitação da Alma faz aparecer.

Assim, por exemplo, é mais fácil ver uma irmã, uma esposa, uma mãe, um amigo de confiança, para que o doente volte a realidade, e compreenda que tem ao seu lado, os entes que de fato ai estão, do que deparar e contemplar um desconhecido.

No caso dos familiares, o pensamento repousa, sobre uma idéia grata, traz mil outros pensamentos suaves; o indivíduo não precisa esforço para aceitar a realidade.

No segundo caso, no ambiente com um desconhecido, o seu cérebro tem que trabalhar muito mais, para esclarece-lo: quem é, por que razão está ali ?; o que quer este desconhecido, que nunca viu ? Assim, a Alma incapaz de ponderação, com os delírios que se vão sucedendo, vai se habituando naquele estado, e a volta à posição normal, é cada vez mais difícil.
Ai do louco, que desconhece os entes queridos, cujo laços o prende, aos mais fortes dos sentimentos, os altruístas.

Neste momento cabe, indagarmos, quais os cuidados da vida interesseira, que se possa comparar aos carinhos domésticos, e as delicadezas da amizade?

Que assalariado é capaz de seguir a todo instante, o melindroso inferno, para surpreender os momentos favoráveis, a uma intervenção mais ativa ou para fazer recuar os motivos da aflição, que forem surgindo, neste pobre doente ?

Quem vai livrá-lo, de se entregar às suas próprias cogitações, tanto mais poderosas, quanto mais isolado ele estiver ?

É inútil insistir por mais tempo, em considerações, cuja evidência é do conhecimento de todos. Estas evidências tornam-se claras à irracionalidade do proceder, daqueles que constituídos de qualquer concepção teórica, sobre o Homem; levados por um empirismo do falar, entendem que a obrigação, é a de segrega-lo da Família, e entregá-lo a si mesmo, justamente, quando ele mais carece de apoio e de dedicação, no ceio dos seus entes queridos.

Um cérebro que se debate no meio de Fantasmas, o empirismo médico, subtrai os pouquíssimos degraus, que permitiriam construir a escala dos entes reais, e, não contentes, os arruína com violentas* repreensões.

*É evidente, que falamos em geral, por que não desconhecemos, os casos particulares, que aconselhamos a retirar o louco, pelo menos momentaneamente, da influencia dos seus entes queridos; quando falta em casa, quem contenha as suas manifestações perigosas, ou quando é preciso evitar conflitos morais no seio da família."
O Positivismo, segundo Comte, alerta aos médicos, que se objete enumerar casos de restabelecimentos por esses processos, que mais parecem imaginados, para fazer enlouquecer, do que curar a loucura. Pois que, se as estatísticas de cura, bastassem para demonstrar, que todos os processos terapêuticos têm eficácia; pois verificamos, que todos eles invocam crescimento de número de sucesso.

** A História da Medicina, que pode ser encontrada, no Livro de F. J. V. Broussais - Examen de Doutrines Médicales - 3a Edição - 4 volumes - Paris 1829 - 1834, está ai para confirma-lo . o Principal livro de Broussais, foi Cours de Phrénologie*** - 1836. ***Teoria sobre o Caráter e as Funções Intelectuais Humanas, baseada na configuração do crânio. De acordo com a opinião de Hipócrates, que dizia, que o Juízo é difícil e a experiência falás .
Não basta contemplar a coincidência dos fenômenos, para concluir da sua correlação; as dependências sentimentais, só podem ser conhecidas, por um exame, para o qual raríssimos médicos são competentes. O que faz crer que em grande quantidade de homens capazes, é a facilidade com que, ao serem descobertos estes fenômenos, por um diminuto numero de gênios, quando as condições sociais as tornam oportunas; tais dependências de fenômenos, podem mais tarde serem assimiladas, por nós que temos a inteligência vulgar. Como esta assimilação ainda não se tornou geral, é provável que os poucos, que bem ou mau às realizam, protegidos pelos privilégios dos acadêmicos e pela ignorância da maioria, possam fazer acreditar, numa capacidade que realmente não possuem.

Aliás é fácil de se verificar, e nós mesmos diretamente damos conta dos motivos gerais, que explicam as curas, por todos os métodos.

O primeiro método, está na Leis da Persistência, em virtude da qual o organismo perturbado, por qualquer circunstancia, tende espontaneamente voltar ao equilíbrio, isto é, à Saúde. E como os limites de modificabilidade na espécie humana, são os mais amplos, em virtude da terceira Lei da Filosofia Primeira; o organismo supera, mesmo aquelas perturbações, devidas à intervenção médica, quando esta não vai alem de certo ponto.

O segundo método, reside nas reações do moral, sobre o físico; o médico atuando beneficamente, no maior numero dos casos, pela confiança que inspira, mais do que pelas drogas que receita.

O terceiro método resulta dos cuidados prestados ao regime do meio físico e alimentar, não só furtando o organismo às influencias diretas do meio cósmico, como modificando a alimentação; semelhante cautela é de máxima importância; porque, graças a este regimen, o cérebro fica menos perturbado, pela reações corpóreas, e pode melhor reagir e restabelecer o equilíbrio funcional da ALMA ou Psique.

Finalmente junta-se a todas estas considerações, que na quase totalidade dos casos graves; e que não são os habituais - todos os processos são igualmente impotentes, e antes aceleram do que retardam o doloroso desfecho.

Isto que acabamos de expor, não nos leva à concluir que o médico seja inútil; mas no entanto para julgar do alcance dessa intervenção, é preciso levar em conta, uma serie de elementos, ordinariamente desprezados, pelo empirismo e pelos profissionais e pelo publico não maliciosos, sem falar no freqüente charlatanismo de muitos profissionais.
O Modo como se vulgarmente se apreciam os casos específicos, é ainda uma prova da estreiteza do ponto de vista médico, atual. Com efeito, não se pode desconhecer, que as substancias assimiláveis, devam atuar, diversamente sobre cada ponto do organismo, em virtude da observação de Bichat, sobre a vitalidade particular de cada tecido. Mas daí tirar conclusões, que os modos de desequilíbrio orgânico, mais ou menos análogos, isto é, o que se chama a mesma moléstia, possam ser dissipados, por uma única substancia invariável, abstraindo das desigualdades individuais, é simplesmente uma irracionalidade.

Augusto Comte no seu leito de morte, Disse: a medicina oferece um vício lógico, capital : tem regras gerais para casos particulares.

De acordo com o Positivismo, a Saúde, constitui a harmonia de todas as funções, corporais e psíquicas ; e a moléstia é a desarmonia dessas funções; e como tal afeta todo o organismo. A maior das perturbações de certas funções, e a lesão correlativa mais perceptível de certos órgãos; não autorizam a desconhecer o caráter sintético das alterações patológicas, e eleger os vários modos de desequilíbrio funcional, em tipos autônomos, isto é, que não sofrem ações externas.

Por outro lado, o organismo doente, é regido pelas mesmas leis que o organismo são, - segundo a grande Lei de Broussais, " as Doenças , são a expressão , por via de Excesso ou de Falta, nas intensidades que compõe a Equação da Saúde; o estado que compõe este equilíbrio é conhecido como Saúde; donde a Terceira Lei da Filosofia Primeira - Lei da Modificabilidade - Todas as Modificações na Ordem Universal, limitam-se à intensidade dos atributos, cujo o arranjo permanece inalterado; é a generalização. Para elucidar o que foi dito , vamos dar um exemplo na biologia: o Câncer e a Necrose, são a reproduções celulares manifestadas em seu superávit e em seu déficit, respectivamente.

Daí se conclui que as substancias estão dispostas em duas categorias: conforme são assimiláveis ou não assimiláveis; as primeiras são alimentos em certa dosagem; excitantes numa dosagem maior e calmantes em uma dosagem menor. Esta é a lei geral que Augusto Comte deu à terapêutica. Dela resulta a explicação racional desse fato, que o empirismo sensato, muitas vezes tem reconhecido; por saber que basta a modificação do habitual regime alimentar, para muitas vezes restabelecer o equilíbrio psíquico perdido.

Vejam só, seja qual for a racionalidade que atingir a Arte Médica, ela jamais dispensará a observação clínica, para a formação dos seus profissionais; e o recuso por parte destes aos meios cujo o alcance, um sábio empirismo houver demonstrado. Mas no futuro os indivíduos estarão em melhores condições, para precaver-se contra as perturbações , de que hoje somos vítimas.

Em primeiro lugar, não sofreremos os abalos profundos e os trancos de uma sociedade revolucionária.

Em segundo lugar, uma educação sólida, instituirá o regimen nutricional de acordo com nossa constituição física, moral e intelectual - psicossomática.
O Culto da Humanidade desenvolverá o Altruísmo; o egoísmo será preservado dos excitantes materiais , e das leituras depravadas; ao mesmo tempo a situação política proporcionará o lar de acordo com as prescrições higiênicas e morais; e permitirá um salário que, tomando por baseia organização geral da vida doméstica, libertará os Homens comuns da miséria e do luxo.

Nestas condições, as perturbações doentias pouco afligirão os indivíduos.

Mesmo ai, o Médico será um conselheiro, tendo para esclarecer as luzes do enfermo, além do conhecimento habitual que resultará dos contatos provenientes da sua função sacerdotal.

Estas reflexões parecem-nos suficientes para que se julgue, se a situação moderna, justifica os privilégios de que se acha investida a corporação medica, e sobretudo se aprecie o valor lógico e científico da especialidade em geral, e particularmente no que se refere a medicina cerebral, de hoje.

IV) Exame das diversas fazes da Evolução Histórica, nas predisposições, para desenvolver as moléstias da Alma ou Psique.

No período fetichista a loucura é rara. Mas no período teológico e na metafísica, que garantias tem o homem contra a loucura, além das reações expontâneas da vida prática ?
Indivíduos que crêem na existência de entes fantásticos, não suscetíveis de verificação, e dotados de grande poder de intervenção nas atividades terráqueas.

As Pessoas que têm o cérebro povoado de Deuses, anjos, arcanjos, demônios, gênios e almas teológicas, compartilhadas com as imagens reais; ? que defensivos encontram nas suas doutrinas , para não caírem na loucura, quando por qualquer circunstancia, forem atacados pela apreciação destes entes ditos sobrenaturais, isto é, por alucinações ?

Os teologistas, católicos e o protestantes, que aconselham a penitencia, a e mortificação da carne, como eles se resguardam racionalmente das reações perturbadoras, do corpo sobre o cérebro ?

Os Positivistas encontram nas suas convicções um apoio para estas perturbações de que for cometido. Como todas as garantias científicas, nada tem de absoluto; mas é o único com quem se pode contar.

Todo esse mundo ideal de entes estra-humanos é substituído pela contemplação, conscientemente subjetiva das gerações que passaram e das gerações que hão de vir.

Se por ventura, a Emoção exaltada pelo sentimento, torna nítida e vivazes as imagens subjetivas dos entes adorados; fazendo com que escutemos as suas vozes e enxerguemos as suas imagens; ao nível de mesma "nitidez", que as imagens reais e objetivas; os positivistas, sabem que estas visões, não são de mortos ressuscitados, cujo o conhecimento destes mortos objetivamente, mas vivos subjetivamente, só podem encontrar na meditação, aquilo que realizaram em vida objetiva.

Não é permitido invocar conselhos e ordens que recebeu nos encantos de seus prazeres. Não pode então, crer na realidade objetiva dos Deuses de seu Culto; quando esta realidade, já houver cessado pela morte.
Também é proibido entregar-se, tanto aos excessos egoístas, que degradam e conduzem ao idiotismo, como aos exageros da mortificação, que torna o homem, incapaz de servir ao seu semelhante, o que predispõe para todas as perturbações doentias, inclusive a loucura.

Aceitando resignado as fatalidades, que não pode modificar, aproveita a flexibilidade superior dos problemas morais, para suprir, com o aperfeiçoamento próprio, as imperfeições de sua situação. E contenta-se com os entes que adora, com a convivência que resulta da recordação saudosa, de seus benefícios e de suas virtudes; sabendo que não há outra imortalidade, além da assimilação, pelas gerações atuais, das conquistas realizadas pelas gerações que passaram.

Aqueles que com tais armas fracassam no batalhar da existência, só tem que lamentar a própria fraqueza, isto é, o seu frágil caráter.

Si fractus illabatur orbis, impavidum ferient ruinae .

Se o mundo desabasse sobre ele; ele seria ferido pelas ruínas, impávido ( sem medo)

Este, exame parcial nos revela, que a situação teológica-metafísica, é a mais favorável para predispor o homem à loucura; visto que a crença em um mundo sobrenatural , torna possível todas as divagações , sem falar na excitação contínua, que os sentimento egoístas do orgulho e da vaidade, tem origem nestas crenças, teológicas-metafísica.

Mas cumpre reconhecer que o perigo cresce, quanto mais predominar a fase metafísica.
Felizmente, os grandes homens do catolicismo, dispondo do vago inerente ao seu Dogma, instituíram verdadeiros aparelhos de segurança, contra as alucinações pessoais. Foi assim que as visões, podem ser ao mesmo tempo obras do demônio ou de Deus. Os doutores Romanos estabeleceram a competência, exclusiva da classe espiritual, os Sacerdotes, e especialmente o chefe da hierarquia, para decidir, caso a caso.

Esta atitude mostra o alcance social e moral do Dogma da Infalibilidade Papal - Prerrogativa atribuída ao Papa, para que os Católicos não errem em questões pertinentes à Fé e ao Costumes; quando pretende conferir uma orientação universal.

Já o Protestantismo, quebrando esta garantia, e pondo o crente em comunicação direta com Deus, pelo dogma do livre arbítrio, favorece o desequilíbrio mental. Porque simplesmente, o dogma neste caso, é favorável a desenvoltura da Vaidade e do Orgulho, comprimindo a Veneração; isto é, destrói as bases de todas as disciplinas, principalmente a Social.

O estado revolucionário deísta ou ateu, agrava esta situação, pela proclamação absoluta do livre exame, por tal forma, que cada um afeta hoje tirar de si, por uma inspiração monstruosa, todas as suas crenças.

O resultado dessa desorganização, do regimen católico, criando o protestantismo, tem sido a exacerbação contínua dos instintos egoístas, e a compressão dos sentimentos Altruístas, cuja as influências os teologistas atribuem à Graça Divina; e os revolucionários pretendem substituir pelo interesse bem entendido.

O desuso das praticas disciplinares instituídas no Passado até o Catolicismo, envoltas na condenação, que feriu de morte o teologismo, colocou o cérebro dos ocidentais, em uma instabilidade, que torna precária, não só a harmonia mental, mas também a saúde do Soma.

É o que facilmente se compreende, quando se sabe que, em conseqüência da evolução, as relações entre o cérebro e o corpo, tem se tornado cada vez mais intimas.
Daí, a explosão de todas essas manifestações doentias, peculiares a situação moderna; e que tem por base a produção, espontânea ou artificial, de fenômenos nervosos, mal interpretados, como o magnetismo, o espiritismo, etc. assim surgem freqüentes casos de loucura, cujo delírio revela ao observador competente, a exaltação característica da moléstia ocidental. Mas que hoje em dia já está contaminando a própria China Fetichista.
Sei que estou criando muitas simpatias e umas antipatias , pois sei que neste momento são muitos convencidos da minha verdade, mas são pouco convertido a minha Doutrina. A maioria recua, e limita-se a uma vaga simpatia, quando se não transforma em inimigos rancorosos.
Vale dizer, que Religião, cada um escolhe a sua, pois depende, do Sentimento que o domina, do nível de sua inteligência e do Caráter de suas ações.

Cada um está em uma fase de Evolução. Os Positivistas respeitam todas as Religiões.

Espero ter colaborado com a Alma dos Senhores, tornando-os mais simpáticos às verdades Científicas do Positivismo, e aproveito a oportunidade para agradecer e elogiar a sabedoria dos Senhores, citando duas máxima de Confuncio 540 aC.

Só os Sábios, não se irritam com o falar dos outros.
Somente o Sábio e o Idiota não mudam de opinião, pois o sábio sabe, e o Idiota, escuta mas não ouve, e enxerga mas não vê .
Saúde, Respeito e Fraternidade
Muito Obrigado!
P. A . Lacaz

Tuesday, August 26, 2014

OS VÍCIOS HUMANOS - AOS PSIQUIATRAS, NEUROLOGISTAS, PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS.


 
OS VÍCIOS HUMANOS
 
Quero iniciando este artigo, de cunho científico, descordando do Eminente Ministro das Relações Exteriores; do Supremo Tribunal Federal,  Procurador Geral da República e Magnífico Professor de Direito e inveterado Advogado Criminalista, que foi o Dr. Evandro Lins e Silva, Maranhense, terra de um dos maiores cientistas políticos, sociólogo e moralista que o Brasil já possuiu, o Senhor Raimundo Teixeira Mendes, terra natal de grandes cérebros brasileiros, e infelizmente também, para não fugir a regra, de terríveis corruptos, e por ter se manifestado não cientificamente, isto é, não positivamente, a respeito da correta solução a ser dada a um dos vícios mais em moda, neste momento, no Mundo, e principalmente nos grandes centros, das grandes metrópoles brasileiras; resolvi escrever estas linhas:
 
Quando li a Entrevista, do Dr. Evandro Lins e Silva, que coube a Revista ÉPOCA, No 231,  de 21 de Outubro de 2002, a realizar, com o título “Legalize-se a droga, (Legalizar jamais), efetuada pela jornalista Martha Mendonça, tomei coragem, de que a muito me faltava, sobre este tema, dito polemico para muitos, mas de soluções científicas, de a muito, para os mais bem aquinhoados de conhecimento científico, no campo da Sociologia e da Moral; coloquei-me a pensar, para escrever, quando me veio à mente algumas máximas e uma Lei Natural, aplicável ao assunto em causa: 
·        As Leis da República, só vedarão os atos que prejudiquem a Vida em Sociedade; ou imediata ou mediatamente. José Bonifácio de Andrada Silva, Patrono da Independência. 
·         Combater os Vícios pela Força é  bobagem. Evandro Lins e Silva.
·        Os Direitos de cada um cessam, quando prejudicam o Cumprimento dos DEVERES e o SUCEGO dos Outros. Paulo Augusto  Lacaz
     
·       Segundo Augusto Comte, na 12a Lei da Fatalidade Suprema, conhecida como Lei da Mutualidade  ou Equivalência ou da Ação e da Reação, que faz parte do subgrupo de Leis da Modificabilidade da Ordem Universal, pertencente ao Grupo de Leis Naturais, do Dogma Científico, da Doutrina Positivista, com o seguinte enunciado: 
Existe, por toda parte,  uma equivalência necessária entre a reação e a ação ; se a intensidade de ambas for medida  conforme a natureza de cada  conflito” - Generalização Universal do Princípio de Newton  e Huyghens; que aplicada em Sociologia e Moral, nos dá condição de prever, caeteris paribus, os acontecimentos e sugerir soluções, sobre o tema em análise; vejamos primeiramente uma visão geral desta Lei, aplicada nestas duas Ciências:
Na Sociologia :  A Ação  da Sociedade sobre a Família, quando normalmente colabora para diminuir  o poder material do homem ou o poder espiritual da mulher, desenvolve como reação imediata, o enfraquecimento dos laços  domésticos.
 
Uma análise  sobre a Vida Política  das Nações Modernas mostra como a Lei da Ação e da Reação verifica perfeitamente  todas as perturbações geralmente provocadas pelos próprios governos em suas ações empíricas.(ações ou concepções empíricas , que não estão relacionadas a nenhuma doutrina  ou princípios explicitamente definidos e generalizados). Ações estas realizadas sem nenhuma previsão, sem atingir ou visar os verdadeiros interesses da coletividade. 
 
Exemplo o Conflito no  Oriente  Médio:  Judeus versos Palestinos, com base no fanatismo,  inerente ou próprio ao caráter  teológico dos povos em questão.    
 
Os governantes muitas vezes dominados pelo orgulho superexcitado, como consequência do próprio exercício do poder, sem as luzes morais e científicas  necessárias para a ação sistemática, tendem logo, não só a invadir as  atribuições  espirituais, como também a desrespeitar as maiores conquistas sociais, realizadas pela nossa espécie, principalmente em relação às liberdades públicas .
 
Na Moral :  Nesta ciência,  a principal ação exercida pelo homem é aquela  que se realiza pela EDUCAÇÃO; e que corresponde, como reação o aperfeiçoamento da natureza Humana, no seu tríplice aspecto, afetivo , intelectual e prático. 
 
É a Educação uma ação modificadora que se exerce sobre a nossa natureza  e , como toda ação provoca uma reação equivalente. Tal reação, que se manifesta por modificações mais ou menos profundas, da Natureza Humana, deve ser convenientemente prevista em seus resultados, o que constitui a máxima  dificuldade do trabalho humano. Os meios de que  dispomos para a educação  correspondem à ação; os resultados a que  devemos atingir,  e que são devidamente previstos, constituem  a reação. A Virtude  é uma ação diretamente destinada  a provocar uma reação em favor de Outrem.
 
Quer o esforço realizado  venha beneficiar diretamente a determinado  indivíduo, ou  venha a diluir-se de modo geral, para que possa ser aproveitado, com maior ou menor intensidade e precisão por uma sociedade mais  ou menos extensa; em qualquer destes casos, há sempre uma ação representada pelo esforço individual visando o benefício de Outrem, e uma reação equivalente representada  por este próprio  benefício. 
  
"Um problema de ordem moral , tem que ser estudado, pela  ação e reação  moral, com a análise das conseqüências dos  atos  "- Augusto Comte
  
Depois desta visão sucinta e filosófica de cunho científico, achei por bem apresentar soluções de ordem Social e de formação Moral, que venham amenizar os conflitos sociais, devido aos Vícios Humanos, o Jogo, o Fumo, o Álcool e os Tóxicos, que hoje em dia  presenciamos; jamais para legalizar ou autorizar a droga, e sim para liberá-la, o que é substancialmente diferente.
 
O JOGO 
  
Lendo um artigo editado no Jornal Correio da Manhã, de  21 de fevereiro de 1932, redigido pelo  positivista Reis Carvalho, cujo titulo é “O Governo Republicano e o Bem Público”, resolvi destacar um trecho, onde o assunto em evidencia, é o mesmo, após 70 anos - O JOGO, cujo projeto de lei foi aprovado, em 1998, na Câmara dos Deputados e agora  tramita  pelo Senado Nacional; não sei se infelizmente já foi aprovado.
 
Não há duvida que, se os Parlamentares  brasileiros soubessem que  na Ciência Sociologia Positiva, existem Leis Naturais, como na Matemática, na Astronomia, na Física, na Química, na Biologia e na Moral Positiva, jamais aprovariam umas leis humanas, que viesse a legalizar o Jogo. Pois não é da alçada do Poder Temporal decidir  este assunto.
 
A jogatina é um dos males mais funestos  que atormentam  a Sociedade. Não é preciso encarecer desastrosas conseqüências pessoais, domesticas e cívicas, do condenável e condenado vício”.
 
Como combatê-lo ? Proibi-lo , pelo Estado, pelo Governo, ou melhor dizendo pelo Poder Temporal?  
 
Não.
 
O hábito de jogar  é  de ordem espiritual e moral; como fumar, beber, tomar tóxico, etc. Mas, se  no entanto  o exercício do jogo, perturba a ordem material, se o jogador alicia  menores  para a casa de tavolagem; vem-se jogar na via pública, se comete atos, em que a sua liberdade de jogar, ofende as dos que não jogam; se o funcionário público é perturbado pelo jogo na sua função profissional, e por fim se  as desordens  morais provocam desordens materiais, surge então contra estas, as medidas proibitivas do Estado, com as leis humanas, os decretos e as sentenças.  
 
Quanto ao vício em si, ao mau hábito, isto fica sujeito simplesmente à ação  moral dos que devem combatê-lo : os Sacerdotes das Religiões - antes de tudo, com o exemplo - não jogando - e depois pelo conselho aos jogadores e finalmente,  substituindo  o poder da repressão pelo poder  repreensão, apontando-os à  desconsideração pública. Tocando desta forma, na consciência do jogador, estimulando  o sentimento de vergonha e brio, fazendo-o mudar de conduta, mostrando-lhe as  consequências dos seus atos.
 
É claro que estas medidas de ordem moral, têm efeito lento, mas são as únicas  compatíveis  com a natureza deste mal.
 
A intervenção do Governo Temporal, à reação material pela multa e pela  cadeia, apenas redunda em tornar o vício hipócrita, em proteger os jogadores ricos e perseguir  os  jogadores pobres.
 
A única ação do  Estado compatível com o principio da Separação dos Poderes, e portanto com o verdadeiro Regime Republicano Sociocrático, é não oficializar o Vício, tornando-a fonte de renda.
 
Daí, não lhe ser lícito, sem grande escândalo moral, proteger a Jogatina, mantendo as Loterias, os Cassinos etc. - Hoje em dia, as loterias esportivas, são formas completas  de apoio  pelo vício à Sociedade.
 
Não devemos proibir e nem autorizar, isto é, jamais legalizar, é a conduta Republicana Sociocrática.
 
Como a jogatina, outros  vícios também  infestam a Sociedade Moderna : como  fumo, o alcoolismo, os tóxicos, a prostituição etc. Para todos  a solução é a mesma ; combater sacerdotalmente, através dos órgãos de Opinião Publica - Imprensa - com ausência  de qualquer  interferência  do Estado, pró ou contra  ao vício, salvo medidas  indiretas, que  evitem, seja o Governo Temporal um colaborador, na sua manutenção ou propagação.”
 
Por esta razão, jamais o Governo Temporal deve legalizar o Jogo ou participar dele, como o faz hoje em dia, com a  CEF.
 
Por isto, não há necessidade do Senado Brasileiro vir a legalizar o jogo; se já não legalizou.
 
Devem existir leis humanas, que possam indicar os locais e o limite de idade dos jogadores e as normas punitivas, caso o jogo  possa levar `as  indisciplinas de ordem material, com consequências danosas - e jamais o Governo fazer do jogo, fonte de arrecadação de impostos e de trabalho, como justificativa para  sua legalização.
 
Com relação a corrupção sobre os órgãos repressores, a Imprensa é livre para mostrar à opinião pública, e esta, sobre pressão, solicitar a ação do Governo Temporal.                     
           
Quanto ao Jogo do  Bicho, já deveria ter sido liberado, não mais ser contravenção penal. Nesta primeira fase deixar nas mãos dos atuais bicheiros o controle deste vício. Com esta atitude, fica reduzida a zero a corrupção junto aos órgãos policiais. Acabando a corrupção junto à polícia. O Governo não tem que criar a loteria do jogo do Bicho; se criar, o jogo paralelo vai continuar existindo e a corrupção também.
 
 
O FUMO 

            Este vício que recentemente vem sendo combatido pelo Estado; que deveria ser combatido pelas Igrejas, cujo  resultado seria muito mais eficiente e satisfatório, tem trazido um efeito benéfico, com grandes dispêndios de propaganda, revelando aos potenciais consumidores as desgraças que esta praga causa ao soma e ao psiquismo humano.
 
           
            É evidente que o estadista capitalista, só se preocupou em combater o vício do tabaco, devido este vício ter criado uma série de doenças, que provocam uns gastos excessivos do Estado, no que se refere ao combate das patologias decorrentes. O problema foi visto como custo-benefício, e não um plano para o  Bem do Ser Humano. A maioria quase absoluta que detêm o Poder não pensou em fazer o bem dos outros, e sim, como reduzir custos.
 
O ÁLCOOL 
 
            Este vício é lento, gradativo e mortal. É outro vício que o governo ganha com Imposto. Mais um erro do Poder Temporal.  Prejudica as gerações futuras, em nível da idiotia. Promove a indução de grandes crimes. E o único alerta legal a este respeito, do não consumo, é que encontramos bem escondido, empoeirado, no escuro , uma tabuleta, em bares e restaurantes – com os dizeres: “Proibido a Venda de Bebidas Alcoólicas a Menores de 18 anos” . Lei No ??? que não é cumprida. Propagandas de cervejas e outras  nas mídias, associando ao sexo, para engrandecer os princípios imorais, é o que se encontra, em grande moda hoje em dia pelas bandas ocidentais.
 
            O exemplo de sua proibição foi tomado pelos USA, na década de 30, do século passado, e a corrupção tomou conta da polícia, do judiciário, e  os crimes  se avolumaram, e nada de útil trouxe para  os americanos da época. A Lei Seca foi abolida. E as Igrejas Protestantes, começaram uma campanha, de mostrar às suas ovelhas o mal que as bebidas alcoólicas fazem ao Ser humano. Esta é a razão de quem procura a Bíblia dos Crentes, são convencidos de largar o Álcool. O caminho é por ai, em todos os vícios, por todas as Religiões.
 
            A catequização deste combate a todas as drogas devem ser Pastoral e não Temporal.
           
O TÓXICO 
  
Alias todos os vícios são tóxicos, alguns refletem, no campo material, que por sua vez interferem em perturbações sentimentais, intelectuais  e práticas do comportamento do Ser Humano.
 
Como o fumo, o álcool, os jogos, o excesso de sexo, principalmente na puberdade, estão liberados; vai quem quer, assume quem deseja; e algumas regras são alertadas para  que os outros sejam respeitados; porque não agir com o mesmo critério para os Tóxicos? 
 
Tomando certos cuidados, para eliminarmos o mau às crianças e a juventude, para não se tornarem viciados, mostrando as consequência do uso destas drogas.
 
Vou aqui sugerir várias ações simultâneas, e  de frequência constante, para prevenir abusos e incoerências, com leis fortes e punitivas, afim de eliminar as ações ilegais , das guerras entre quadrilhas, corrupção nas polícias, e etc.
 
Ao se liberar, mas não legalizar ou autorizar, para que o tóxico não se torne fonte de renda (imposto), e que por um controle de qualidade, em locais a serem definidos, como descritos abaixo, o usuário, terá que se registrar como viciado, no Hospital do Vício ( Estadual ou Federal).
 
Por exemplo, no Rio de Janeiro; um Hospital na Barra e outro na Baixada Fluminense.
 
A venda e a aplicação do Tóxico liberado, será feita nestes Hospitais, para pessoas acima de 21 anos.
 
Estes Hospitais, possuem médicos e carcereiros do tóxico. Onde o viciado compra e toma o tóxico, com seringa descartável, evitando assim a transmissão de outras doenças infecta contagiosas, como o AIDS , e etc. E terá assistência médica hospitalar em caso de crise, ou conturbação psíquica. Onde ficará internado até a crise passar. As vendas praticadas fora do Hospital do Vício, são ilegais e os crimes praticados pelos vendedores ilegais, serão muito mais severas que qualquer outro crime praticado, e indicado no código penal brasileiro. Nenhum consumidor irá procurar fonte de tóxico que não sabe a origem de sua qualidade química, não quer mais correr o risco. As vendas clandestinas  chegam quase a zero.
 
Caso o usuário, cometa delito, ao sair do hospital, os crimes  oriundos praticados pelo toxicomaníaco, terá punição severa, bem acima dos crimes praticados pelos não viciados.
 
As empresas que por ventura possuírem empregados viciados, terão que providenciar tratamento, psíquico e orgânico para fazê-los  sair deste vício, e ao mesmo tempo lembrá-los  da perda do emprego. Os Recursos Humanos destas empresas deveriam encaminhá-los para os sacerdotes das religiões que eles pertencem.(Para aqueles que acreditam em Deus – Os Sacerdotes, os Pastores, Os Pregadores Espíritas; para os Fetichistas, os lideres destas religiões; para os Metafísicos, os Psicólogos; e para os Cientistas Positivistas, o Sacerdote Positivista)
 
Quanto às crianças e os adolescentes, eles terão em suas escolas, durante todos os recreios, todos os dias, um telão passando constantemente, durante no mínimo 15 minutos, assuntos das consequências do uso dos Vícios. O Filho vendendo os  patrimônios dos pais para conseguirem dinheiro para compra do tóxico; batendo nos pais; mostrando o drama, a desgraça; as consequências dos Vícios.
 
            Redações sugerindo como combater o uso do tóxico, com prêmios etc.
 
Os meios de comunicação – a mídia, passarem novelas e filmes previamente aprovados, parra estarem sempre mostrando cenas dantescas das consequências da prática dos vícios, em vários horários; com frequência , durante todo o ano. Por mais de 20 anos; ou para sempre.
 
Os fabricantes de produtos vendidos para crianças e adolescentes, em supermercados e lojas de alimentação, mostrarem nas suas embalagens, indicações  para educar o não uso dos tóxicos, do fumo, do Álcool e do jogo.
           
            Desta forma só vai nesta quem é fraco e já ia mesmo sem nenhum alerta.
 
            Os desavisados não entram mais nesta, se ocorrer um plano desta ordem, poucos fracos teremos notícias de estar frequentando o uso deste vício.
 
            Assim, desaparecerão os bandos dos morros, que guerreiam  entre si, as vendas irregulares de armas; os policiais corruptos; os aviãozinho e todas as irregularidades dos criminosos, que hoje em dia, dependem do tóxico para  ficarem ricos e poderosos. 
 
Não sou a favor de liberar plantação e industrialização de tóxicos. Estas fases têm que ser violentamente combatidas. 
 
Vai ocorrer o acréscimo do preço unitário e com as outras medidas apresentadas neste artigo, a queda de conflito nos grandes centros e no país como um todo, será substancial. 
 
Jamais o governo introduzirá fonte de renda, nestes "produtos". 
 
Isto é, Impostos. É o mesmo que instituir impostos na atividade da prostituição. 
   
            Abaixo um Artigo de minha autoria –
                                    AOS PSIQUIATRAS, NEUROLOGISTAS, PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS, 
para que possam melhor aquilatar o assunto de forma científica, por atitudes que devemos tomar objetivando resolver de uma vez por todas estas patologias sociais, que nos defrontamos hoje em dia, complementado com um trabalho do Psiquiatra  Positivista, Dr. Anibal Silveira - CEREBRAL SYSTEMS IN THE PATHOGENESIS OF ENDOGENOUS PSYCHOSES  
 
SAÚDE, COM RESPEITO E FRATERNIDADE,
 
PAULO AUGUSTO LACAZ

AOS PSIQUIATRAS, NEUROLOGISTAS, PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS.

 
Aos
 
                Psiquiatras, Neurologistas, Psicólogos e Sociólogos.
 
 
“A ideia do Homem isolado da Humanidade é uma abstração, tão viciosa em Medicina como em Política”.  A . Comte
 
“O Homem se agita e a Humanidade o Conduz”.  A . Comte
 
                Não sou nem psiquiatra nem neurologista, no entanto um estudioso autodidata em psicologia e sociologia científicas, mas dentro do conceito acadêmico, sou químico; mas como pela Doutrina Positivista somos ensinados a estudar tudo que se relaciona com as Artes e com as Ciências, sem nos tornar charlatões, achei por bem externar aquilo que venho aprendendo, nesta área em questão, para pôr aos estudiosos e especialistas,  que realizem suas análises aos temas abaixo descritos, com vista a não satisfazer meu egoísmo, e sim procurar propagar para terceiros, isto é, Viver para Outrem, afim de que haja melhoria na Ordem que nos domina.    
               
                Sendo a Medicina uma Arte, que até pouco tempo foi empírica, e hoje é sistemática, devido as Ciências Biologia,  Química, Física, Astronomia e Matemática, e para aqueles que tiveram a sorte de poder ter lido as obras de Augusto Comte, tomando conhecimento das Ciências Sociologia Positiva e Moral Positiva, por isso, conseguindo perceber as grandezas das influencias científicas entre o Homem e a Humanidade e vice versa, e seus reflexos ao campo da Saúde e dos quadros patológicos psicossomáticos do Ser Humano; vou procurar resumidamente transcrever os comportamentos deste Aparelho – “A Alma” ou Psique ou Mente , vista de forma científica; que esclarece toda esta barafunda teológica  e metafísica, infelizmente ainda dominante.
 
                Por forma didática, segue em anexo o Quadro Sistemático da Alma, e descrições das varias modalidades de se analisar o Encéfalo. Bem como uma palestra proferida pelo autor deste artigo – A Harmonia e os Transtornos Mentais, que esclarece detalhes sobre este tema.
 
Como o tema é vasto, achei por bem escolher uma diretriz, a fim de disciplinar e nortear a exposição, tomando como tema principal A Influência dos Fatores Sociais, sobre a Degeneração da Espécie Humana. Tese Apresentada pelo Psiquiatra Dr. Jefferson Sensburg de Lemos, em 1902, que ainda possui fortes traços de metafísica, em suas exposições, no entanto serve de roteiro, para este trabalho. Tese esta realizada na cadeira de Clinica Psiquiátrica e de Moléstias Nervosas, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi interno de Teixeira Brandão, de Juliano Moreira e de Márcio Néry. Foi inspirado na Psiquiatria Social, haurida do Positivismo, que manteve contato com o Dr. Aníbal Silveira, Positivista; Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí; Fellow em Fisiologia Cerebral em Chicago; que foi professor de meu Tio Carlos da Silva Lacaz, Professor de Dermatologia-Microbiologia e Doenças Tropicais, da Faculdade de Medicina de São Paulo, e do meu atual amigo, Psiquiatra-Psicoterápico  Dr. José Cássio Simões Vieira – Positivista cassimov@uol.com.br , que surgiu graças a INTENT. Não deixando também de registrar a Tese da Dra. Lúcia Coelho – Teoria da Personalidade A . Comte - A . Silveira); o Livro de Paulo Augusto Lacaz ( A Ciência Moral Teórica Positiva – Sistema Universal das Concepções, Próprias ao Estado Normal da Humanidade – Segundo Augusto Comte).
 
 
1) Introdução.
 
Não há dúvida, que é fato consumado, pela observação popular, que o numero de alienados e neuropatas tende a aumentar progressivamente, nestes nossos tempos ditos modernos ou melhor dizendo contemporâneo. O crescente  número de psiquiatras e psicólogos, prova  esta tendência.
 Para quase todos aqueles que estudam os problemas da Desarmonia Mental, não é a Civilização, mas são as Ideias Religiosas, os Regimes Políticos e as Metodologias do Ganho Econômico - Financeiro, as grandes causas da Degeneração das Sociedades, de hoje em dia.

  Sendo a Civilização os resultados dos fatores sociais do Progresso, onde estão enquadradas as lutas religiosas, as lutas de mercado, as lutas econômico-financeiras, as lutas entre os regimes Políticos, as lutas ou disputas entre indivíduos nos seus trabalhos; as disputas, pelo melhor ganho salarial e de cargo, as lutas entre as empresas e seus mercados, e as guerras militares entre nações, as guerras civis e etc.

  Estas lutas não podem figurar numa classificação de fatores sociais ao lado da Civilização.

  A Civilização implica numa ideia de uma evolução progressiva da Sociedade; onde há verdadeira civilização há fartura de Vida.

  Nunca se poderá dizer que o excesso de Vida em um Indivíduo, pelo enfoque biológico, traz sua degeneração; por isso, nunca se poderá compreender  que uma civilização progressista, seja causadora da degeneração dos seus órgãos sociais; por isso, tudo que se tem trazido, pela análise metafísica, como a causa, da degeneração das sociedades atuais, não é mais do que o efeito causado por ela; o imoral, a depravação dos costumes, embriagues, o fumo, a luxúria, a gula; uso de tóxico; o sexo por excesso, assassinatos, roubos, barbaridades, raptos, crimes hediondos, suicídios e etc. são grandes efeitos e não as causas da degeneração. Isto nada garante uma análise científica, pois não expressa uma Lei Natural, que se conhecendo os fenômenos, podemos prever os fatos.

  Para analisarmos os fatos, isto é, para conhecermos  as Leis que fazem ocorrer os fenômenos da degeneração das sociedades contemporâneas, vamos  verificar se alguma vez, já se observou este aniquilamento da Vida, por graus sucessivos, terminando na eliminação completa de uma agremiação humana. Isto se consegue através da história, onde são numerosos os exemplos de civilizações, que decaíram depois de terem deslumbrado a sua época, com o seu esplendor e sua força. 

   Se formos buscar a origem dos povos mais antigos, encontramos  a confirmação desta verdade registrada nas suas crenças.

  A ideia que sempre dominou na Índia, na Pérsia, no Egito, em quase toda antiga civilização oriental, foi a da “ existência dos ciclos” ; teoria segundo a qual o gênero humano deveria forçosamente  extinguir-se depois de gozar na Terra, algumas épocas de prosperidade; e isto não era mais, que o resultado da observação, transmitida pela psicologia coletiva, da decadência das gerações, que as haviam precedido.

Do mesmo modo, em todas as teogonias que dominaram a Antiguidade, encontramos implicitamente contidas, as ideias, sejam de progresso, sejam de regresso da Sociedade.

Podemos ao analisar a crença dos Santals e as crenças análogas, de um grande número de populações primitivas, que elas estão em relação estreita com a evolução da psicologia coletiva do progresso, e ao mesmo tempo, com a história dos  estados sociais correspondentes.

  Na crença dos Santals, as gerações passadas, no fundo dos seus túmulos, observavam os seus filhos com intenções caridosas, no entanto as “almas” habitantes do túmulo distribuíam por toda parte, toda sorte de maldade. Observamos nesta crença a mesma forma dualista do bem e do mal, governando o mundo, que dominou em todas as teogonias ( conjunto de divindades, cujo culto, registra o sistema religioso de um povo politeísta). Não faziam nada mais nada menos, que refletir em entidades  abstratas o que observavam  de bom ou de mau, nas ações da coletividade; eram o princípio criador e destruidor. Os Santals, populações pacíficas, tinha a chave do progresso, e por isso julgavam-se dominados pelo princípio do bem. Outras populações, no entanto, preocupavam-se mais com o “espírito” do mal; era que nelas dominando os elementos desfavoráveis, viam a ruína e a destruição alastrarem em suas fileiras.
 
Ao se estudar as civilizações da Índia, do Egito, da Pérsia e da Judeia, a crença destas civilizações colocam a suas origens na idade do ouro, provando assim que nelas , a soma dos males  ultrapassa a dos bens, pelo menos, que elas eram mais sensíveis aos primeiros que aos segundos.

A Pérsia concebe a história geral, como uma série de evoluções, cada uma delas presididas por um profeta. A sucessão destes períodos prepara o reino de Ormuzd, depois  da completa destruição do mundo por Dahak ou o Demônio – No entanto todas elas iam, a pesar de observarem sua decadência, formulando crenças, numa futura idade do ouro, onde todas poderiam gozar das bondades eternas.
  Anteviam, provavelmente, instintivamente uma regeneração dos estados sociais em que se achavam.

  Quando no mundo greco-romano trava-se a luta  intelectual , que deu origem ao nascimento da metafísica, marcando um novo período, uma nova evolução do mundo social; esta nova aquisição da Humanidade, não se estabelece  sem um grande desperdiço de potencial, que abala as instituições, então vigentes, trazendo oscilações contínuas; épocas de prosperidade e de aniquilamentos sucessivos, que influíram na alma dos poetas e dos filósofos que foram surgindo, e deixaram estampados em suas obras os estudos sociais  que naquela época dominavam.

  “ Os homerizes, isto é, os rapsodos que cantavam as poesias de Homero (Século. XII a C.) , com todos os publicitas ligados aos destinos das instituições decadentes, são naturalmente pessimistas: de todos os seres que respiram e que rastejam na superfície da terra , não há nenhum mais infeliz que o homem; no transformismo social que se completa sob os seus olhos, não vê senão ruína e desolação: os homens como são hoje, são inferiores aos das gerações precedentes”  De Greef – Le Transformisme Social – pag. 24.     
 
Hesíodo (Século VIII a.C.), em suas poesias procurou dar uma explicação religiosa da decadência do povo grego. Formula a teoria das 5 idades da Humanidade, cada uma representada por uma raça. Estas raças vão decrescendo de valor psíquico e moral, com exceção da quarta, que se torna um pouco melhor que a precedente, até a Quinta, a raça de ferro, da qual ele é um dos representantes.

 Quando os elementos científicos da filosofia grega começam a dominar sobre as crenças religiosas, embora com explicações metafísicas, os filósofos das diferentes escolas, em seus sistemas otimistas ou pessimistas, deixam transparecer o estado de progresso ou de regresso da sua época. A escola Jônica é puramente otimista.

 Tales, Anaximandro, Anaximenes, Heráclito, Hipócrates, Heródoto, e etc. Formularam sistemas, onde se encontram as primeiras concepções sobre a evolução natural.   
 Em prosseguimento a luta de Atenas, que dá  em resultado as divisões das Classes, aparece Aristófanes com um pessimismo exagerado.
 Xenofonte procura explicar a decadência da monarquia persa, pela extensão do luxo e da preguiça. O movimento social é para Platão, uma evolução circular; a degenerescência social  não tem outra causa, senão o deslocamento dos fatores sociais.
  Em Roma, pela fácil assimilação da civilização grega, e sendo ela dotada de grande conteúdo metafísico-científico, convincente para a época, dentro de pouco tempo, os filósofos romanos, põem-se a par das teorias  da evolução  social. As mesmas doutrinas gregas aparecem nas obras dos poetas : Epícero, Lucrécio, Políbio, Virgílio e Cícero, tais são os filósofos prosadores e poetas que mais se ocuparam das questões sociais e do progresso.

   Mas dentro de pouco tempo a fabulosa riqueza de Roma, entrou em ruína. Horácio e Ovídio nas suas Metamorfoses, tornam-se pessimistas e relatam a caducidade do império romano, que não tardou extinguir-se totalmente.

Quando o cristianismo aparece na Judeia, vem impregnado de um desanimo perante aos problemas sociais. É o filho de Deus, que vem salvar o Mundo, de sua destruição. Mas impotente para livrá-lo desta ruína, só pôde e pode, apelar, para o ente sobrenatural, o único capaz de melhorar a sorte da Humanidade, numa vida de além túmulo.

  “ O Meu Reino não é deste Mundo” . Socialmente falando isto é muito grave, Jesus não percebeu, que com esta atitude, veio provocar um estado de degenerescência do Império Romano; sem querer atacou as suas mais altas formas intelectuais e morais , promovendo pouco a pouco a redução de suas funções reflexas e automáticas, até que todo o seu organismo  viesse a se dissolver.

 Desta forma vemos a degenerescência humana existir em todas as épocas da antiguidade, ser diferentemente compreendida e interpretada seguindo as crenças religiosas e as doutrinas filosóficas que dominaram em cada uma delas.

  O Mundo Ocidental da Idade Média, sendo uma continuação do mundo greco-romano, não poderia deixar de ser infectado ou contaminado, dos mesmos elementos de degenerescência. Não obstante as suas fusões com o bárbaros invasores, de seus domínios, mesmo com a inoculação de elementos vigorosos, não pôde regenerar  as suas populações depravadas e imorais.
  O aparecimento do Cristianismo, devido as grande lutas entre as antigas civilizações, não há dúvida, foi uma nova doutrina, uma das maiores aquisições da Humanidade; no entanto sua concepção não podia deixar de conter grandes imperfeições. E o Catolicismo, de base no Cristianismo, veio por sua vez poderosamente influir na vasta decadência da Idade Média, onde a degenerescência da espécie humana atingiu o seu apogeu.
 
A sociedade ia passar por uma grande transformação, após o aparecimento do Catolicismo/Cristianismo, última concepção teológica, com o surgimento do reino da metafísica, no entanto devido a decadência da Idade Média, houve um grande retardo.

  O Catolicismo / Cristianismo tolhe o progresso científico e super exista o sentimentalismo altruísta, dando destaque a Pureza dos Santos e não a Ternura entre a Mulher e o homem, como exemplos de conduta. Todos querem ser profetas. Surge a crença do fim do mundo, no ano mil. O Catolicismo/Cristianismo não pôde logo ser compreendido pela multidão. A unificação dos sentimentos que ele deveria trazer, tornando a psicologia coletiva, mais uniforme, e o caráter social mais estável e evolutivo, não foi possível  de ser realizado, a curto prazo, devido ao misticismo cristão, ter que travar árdua luta com o paganismo.

   A crença nas almas, nos anjos, nos demônios, nos deuses de toda espécie; juntam-se as crenças dos mágicos, dos feiticeiros, dos vampiros, dos lobisomens, e de toda esta confusão, vai gerando as formas dos delírios, isto é, de loucura, que se propagam na forma de delírios epidêmicos. A instabilidade cerebral denuncia a degeneração, que vai devastando as populações. Um ataque de histeria, é muitas vezes o ponto de partida, de uma epidemia que empolga toda uma população.

 E como maior prova de decadência, as torturas e as fogueiras, são os corretivos empregados aos pobres loucos, considerados na época entidades demoníacas.

  No meio de toda esta agitação, surgem numerosas guerras, de todos os poderes entre si.

  Após terem decorridos 10 séculos de lutas onde parecia que tudo ia se extinguir; vão ocorrendo lutas mais intelectuais; onde a influencia dos Árabes, que durante esta época fazem grandes descobertas científicas, e faz-se notar aos poucos aqui pelo Ocidente, o aparecimento de grandes vultos, como o Roger Bacon (1214 – 1294) – [No século XIII, inglês Roger Bacon (1214-1294) opôs-se à escolástica, ao sustentar que a tradição não é o único meio de acesso à verdade. Propôs que só o saber rigoroso, utilizando-se de um método que tivesse por base a matemática, possibilitaria que se atingisse a verdade. A concepção de Roger, além de permitir considerá-lo um dos precursores do pensamento científico moderno, constitui uma antecipação do método experimental, ao valorizar o papel da experiência na elaboração da ciência]. e  Pico Mirandola, {(Pico della Mirandola, Giovanni (1463-1494), filósofo e humanista italiano. Erudito dialético e de brilhante oratória. É autor de Heptaplus (1489), um relato místico da criação do Universo}; que tornaram-se os precursores da Renascença e da Reforma. Grande absurdo Social que a Igreja Católica deixou acontecer.

As Pessoas que têm o cérebro povoado de Deuses, anjos, arcanjos, demônios, gênios e almas teológicas, compartilhadas com as imagens reais; Que defensivos encontram nas suas doutrinas , para não caírem na loucura, quando por qualquer circunstancia, forem atacados pela apreciação destes entes ditos sobrenaturais, isto é, por alucinações ?

                Como os teologistas, católicos e o protestantes, que aconselham a penitencia, a e mortificação da carne, se resguardam racionalmente das reações perturbadoras, do corpo sobre o cérebro ?

                Os Positivistas encontram nas suas convicções um apoio para estas perturbações de que for cometido. Como todas as garantias científicas, nada tem de absoluto; mas é o único com quem se pode contar.

  Todo esse mundo ideal de entes extra-humanos é substituído pela contemplação, conscientemente subjetiva das gerações que passaram e das gerações que hão de vir.

Se por ventura, a Emoção exaltada pelo sentimento, torna nítida e vivazes as imagens subjetivas dos entes adorados; fazendo com que escutemos as suas vozes e enxerguemos as suas imagens; ao nível de mesma "nitidez", que as imagens reais e objetivas; os positivistas, sabem que estas visões, não são de mortos ressuscitados, cujo o conhecimento destes mortos objetivamente, mas vivos subjetivamente, só podem encontrar na meditação, aquilo que realizaram em vida objetiva.
               
Não é permitido invocar conselhos e ordens que recebeu nos encantos de seus prazeres. Não pode então, crer na realidade objetiva dos Deuses de seu Culto; quando esta realidade, já houver cessado pela morte

Também lhe é proibido entregar-se, tanto aos excessos egoístas, que degradam e conduzem ao idiotismo, como aos exageros da mortificação, que torna o homem, incapaz de servir ao seu semelhante, o que predispõe para todas as perturbações doentias, inclusive a loucura.

Aceitando resignado as fatalidades, que não pode modificar, aproveita a flexibilidade superior dos problemas morais, para suprir, com o aperfeiçoamento próprio, as imperfeições de sua situação. E contenta-se com os entes que adora, com a convivência que resulta da recordação saudosa, de seus benefícios e de suas virtudes; sabendo que não há outra imortalidade, além da assimilação, pelas gerações atuais, das conquistas realizadas pelas gerações que passaram.
Aqueles que com tais armas fracassam no batalhar da existência, só tem que lamentar a própria fraqueza, isto é, o seu frágil caráter.

Si fractus illabatur orbis, impavidum ferient ruinae .

Se o mundo desabasse sobre ele; ele seria ferido pelas ruínas, impávido ( sem medo)
Este exame parcial, nos revela que a situação teológica-metafísica, é a mais favorável para predispor o homem à loucura; visto que a crença em um mundo sobrenatural, torna possível todas as divagações, sem falar na excitação contínua, que os sentimento egoístas do orgulho e da vaidade, tem origem nestas crenças, teológicas-metafísica. 

Mas cumpre reconhecer que o perigo cresce, quanto mais predominar a fase metafísica.

Felizmente, os grandes homens do catolicismo, dispondo do vago inerente ao seu Dogma, instituíram verdadeiros aparelhos de segurança, contra as alucinações pessoais. Foi assim que as visões, podem ser ao mesmo tempo obras do demônio ou de Deus. Os doutores Romanos estabeleceram a competência, exclusiva da classe espiritual, os Sacerdotes, e especialmente o chefe da hierarquia, para decidir, caso a caso.

Esta atitude mostra o alcance social e moral do Dogma da Infalibilidade Papal – Prerrogativa atribuída ao Papa, para que os Católicos não errem em questões pertinentes à Fé e aos Costumes; quando pretende conferir uma orientação universal.

  Já o Protestantismo, quebrando esta garantia, e pondo o crente em comunicação direta com Deus, pelo dogma do livre arbítrio, favorece o desequilíbrio mental. Porque simplesmente, o dogma neste caso, é favorável a desenvoltura da Vaidade e do Orgulho, comprimindo a Veneração; isto é, destrói as bases de todas as disciplinas, principalmente a Social.

  O estado revolucionário deísta ou ateu, agrava esta situação, pela proclamação absoluta do livre exame, por tal forma, que cada um afeta hoje tirar de si, por uma inspiração monstruosa, todas as suas crenças.

 O resultado dessa desorganização, do regime católico, criando o protestantismo, tem sido a exacerbação contínua dos instintos egoístas, e a compressão dos sentimentos Altruístas, cuja as influências os teologistas atribuem à Graça Divina; e os revolucionários pretendem substituir pelo interesse bem entendido.

                . Realmente nesta época ocorreu uma reação para alterar a existente organização depauperada.
                Assim, a Idade Média nos parece ser um organismo, cujo  comandos superiores, não tem a força inibidora capaz, de superar os desmandos dos comandos inferiores, aparentemente dominada por uma grande Neurose - nevrose. Durante todo este tempo a sociedade retrocedeu ou evoluiu. Algum elemento lhe faltava para  corrigir  aquele descalabro. Em um regime Feudal, onde deveria suceder uma luta pela divisão de classes, com a divisão do trabalho, ocorria a aliança de uma superexcitação sentimental, alimentada pelo catolicismo/cristianismo; onde deveria dominar mais do que nunca, um poderoso elemento intelectual.
 
Foi o que trouxe a Reforma, sucedendo ao catolicismo, no que diz respeito ao livre exame ou livre arbítrio e a liberdade de  consciência. Assim podemos dizer que, Giordano Bruno na Itália, Descartes na França e Francisco Bacon na Inglaterra, podem ser considerados os Paes da Filosofia Moderna.

  Foi então que a Humanidade renascendo de suas cinzas, entra de novo no caminho dito do progresso,  equilibrando-se nos fatores sociais daquela ruína. A ciência começa a fazer novas descobertas, entrando no domínio da metafísica.

  A Psiquiatria dá o primeiro passo: um licântropo – louco que se acha transformado em lobo – licantropia., condenado a morte  pelo lugar-tenente criminal de Angers – cidade do oeste da França, foi enviado pelo parlamento de Paris, para um hospício de loucos.

  Neste momento todos os filósofos deixam em suas obras , concepções sobre o progresso da Humanidade.

  Depois de uma reorganização de 300 anos, aparece  a biologia, e assim a ciência caminha para o estado Positivo ou científico,, nasce a Sociologia Positiva com Augusto Comte e o delineamento da Ciência Moral Positiva, a Ciência da Construção.

Mas temos notado que mesmo com toda esta força, um progresso contínuo ainda não se efetua. Ainda dominado pelo espírito de conquista, o mundo ainda se entrega a guerras de extermínio e as guerras  de disputas de mercado, nas guerras de falta de trabalho, de competição. Algumas Nações depois de atingirem um elevado grau de glória, despencam vergonhosamente. Lembremos a Revolução Francesa, em 1789, uma verdadeira crise  neurótica, que atingiu todo o povo francês; no entanto foi a única saída, para um alerta ao Mundo .

  Não tem nenhuma Civilização, que marche progressivamente, sem ser acompanhada de uma degeneração que não deixa de dominar e de se ampliar. 

Segue em anexo um documento que registra o numero de mortos, para garantir o regime democrático ( ~100.000.000 ) e o numero de mortos para  garantir o regime comunista ( ~ 100.000.000 ), até este último século passado; fora o numero de mortos entre Israelenses e Palestinos - A Guerra da Bestialidade; ( 300.000 até 1997 ) conflito entre dois povos profundamente ignorantes socialmente, por ainda estarem na fase da inteligência teológica das mais atrasadas da espécie humana; sendo um mais violento e bárbaro que o outro; e infelizmente um dos lados é alimentado pelos USA, reconhecidamente um País de elevada cultura científico-tecnológica, o País mais rico do Mundo, no campo Material, mas, o mais pobre de toda a Humanidade, no Campo Moral Positivo. Augusto Comte em 1854 – no seu quarto Volume do  Sistème de Politique Positive – pag. 443/444, já alertava –
«  On confirme l´insuffisance générale des deux première phases d´après leur examen spécial, d´abord temporel, puis spirituel. En écartant le budget théorique et l´armée permanente, elles semblent conduire le peuple central vers le type américain, qui caractérise le principal essor de l´anarchie occidentale. »    

 2) As Leis Naturais
 
Vamos agora examinar como encontrar os parâmetros das Leis Naturais, que alteradas geram a degenerescência, que tem acarretado a destruição de tantas antigas sociedades, e que ainda ameaçam dissolver, nos dias de hoje, o trabalho evolutivo de milhares de gerações.
 Para facilitar a exposição, vamos apresentar de antemão as conclusões que os senhores poderão chegar, e que alguns poucos já chegaram:
 
1 – que na própria história das sociedades humanas, existem as condições de se conhecer as Leis Naturais, que usadas com parâmetros egoístas, provam a degeneração Social; e por sua vez a degeneração Individual, esta última, devido ao não cumprimento das Leis Naturais da Ciência Moral Teórica Positiva.

  2) que os fenômenos sociais são preponderantes na interação com os fatores individuais;

  3) que nunca poderemos estudar esses fenômenos sem a ajuda das Ciências Biologia, Sociologia Positiva e Moral Teórica Positiva.

                As teorias da degenerescência, depois que se libertaram das influencias teológico-metafísicas, que lhe davam um caráter fatídico, fazendo coincidir sobre a Humanidade, a maneira dos destinos antigos, passando hoje a considera-la, como um fato do domínio; dos processos biológicos gerais. A luz das teorias da evolução, a degenerescência, tornou-se um fato de ordem geral, sendo um fenômeno natural, e como uma necessidade seletiva, bem como um adjuvante dos fatores que concorrem para a evolução individual e social.

  Se a degeneração é um fato tão natural como a evolução; os fenômenos de degeneração hão de ter a mesma origem,  mas “ parâmetros e intensidades cartesianas opostas”, isto é egoístas e Altruístas, e leva-nos para melhor compreende-la e estudá-la no que tange aos seus fenômenos; vamos primeiramente registrar algumas considerações sobre a onde os maiores detalhes podem ser encontrados no Livro A Ciência Moral Teórica Positiva, composta da Existência. (nutrição, evolução ou desenvolvimento e reprodução); da Saúde e da Enfermidade.

          Todos os problemas da VIDA, podem ser esclarecidos pelas Leis Naturais que expressam a  : A Influência do Meio ou da Vida Social, na  Moral, isto é, na “ Alma” e no Soma e vice versa; a { Hereditariedade dos Caracteres Genéticos (A Nutrição, A Saúde, A Enfermidade e A Reprodução)  e a Seleção Natural (o Desenvolvimento ou Evolução - ) } MORAL
  Desta forma podemos hoje em dia, interagir as Influencias Individuais –ou Morais ou Psíquicas com as Sociais ou Coletivas, e vice versa, com vista à esclarecer, de uma vez por todas, os complexos problemas da Vida, de maneira científica, cujos os fenômenos  representam resultados de ações de Leis Naturais.
  Coube  a  Augusto Comte (1798 –1857) até 1857, ter deixado escrito todas as principais bases da Ciência Moral Teórica Positiva – A Ciência da Construção, para que as explicações subjetivas e objetivas do comportamento humano, pudessem trazer as verdadeiras explicações dos fenômenos sociais e individuais do mesmo. Mas que somente nos dias de hoje, está sendo possível colocar neste trabalho, devido a Pierre Laffitte, Dr. Robinet, Luis Lagarrigue e o autor que vos apresenta o assunto.

   Estes detalhes na Ciência Moral Teórica, podem ser encontrados, neste livro acima citado, do autor que vos escreve, no Capítulo A Teoria da Vida – que associa a Moral a Biologia.

                Quanto a explicação com base na Ciência Biologia,  que dá o sustentáculo à  Ciência Sociologia Positiva e esta por sua vez, à Ciência Moral Positiva, vamos didaticamente descrever primeiramente o enfoque biológico.

                A Ciência Biologia : Do estudo da composição material, resulta o laço subjetivo que une, pela química, a cosmologia à biologia, ou o estudo da materialidade ao da vitalidade; isto é, da natureza  morta ao mundo vivo. A base essencial do estudo dos seres organizados, isto é, o conjunto das leis relativas a Vida Vegetativa, está com efeito, no conhecimento dos fenômenos bio-fisico-químicos que estes seres apresentam. A subordinação das funções da Animalidade propriamente dita às da Vegetabilidade Fundamental  ( a única vida característica dos vegetais) estabelece a coordenação das considerações particulares à ciência biológica, de acordo com a sua complicação crescente e sua generalidade decrescente. Além disso, a Biologia, que cientificamente constitui o indispensável termo intermediário, para ligar a cosmologia (as Ciências Física e Química) à Sociologia; isto é, a Ordem Exterior à Ordem Humana, enriquece a lógica positiva, com um processo dos mais importantes:  A Comparação. Ela realiza uma realização verdadeiramente decisiva, pela instituição da Biotaxia, isto é, da série que permite ligar entre si, subjetivamente, todos os seres dotados de vida, ; do duplo movimento interior de decomposição  e recomposição; assim como dos fenômenos zoológicos, que nela geralmente se superpõem, desde de os tipos mais ínfimos – os micro organismo unicelulares, até o termo supremo da escala biológica – O Homem.
 
                Esta imensa hierarquia, só pode ser subjetiva, e jamais comporta a plena realidade exterior, tais como os tipos inassimiláveis, devido a singularidade de sua organização, a fixidade das espécies demonstra., por si só, a impossibilidade  de formar  com todos os seres vivos, uma série objetiva ininterrupta.

                Como o seu preciso conhecimento, exige uma classificação, o método só vence esta dificuldade, estabelecendo a necessidade lógica e o caráter perfeitamente subjetivo, ou relativo ao Homem, de semelhante construção: o que permite por conseguinte, aperfeiçoá-la pela subtração de tipos rebeldes e pela adição hipotética dos termos que faltem. 

  É desta forma que a Biologia, filosoficamente cultivada, estabelece uma gradual transição, entre o Mundo exterior e a Existência Social, manifestada pela Humanidade.

                A importância de tal ciência e suas intimas relações com o conhecimento da natureza humana, faz-nos deixar registrar as bases essenciais sobre as quais  a Biologia se repousa.

                Sendo a anatomia o estudo da estrutura de tudo quanto tem vida, que representa o aspecto estático da Biologia dos corpos organizados, em estado de repouso, mas prestes a agir.

  Sua principal incumbência, depois de ter estabelecido o princípio da necessidade, de um grau qualquer de organização, como condição indispensável, para as manifestações vitais, mesmo as mais rudimentares, tem sido, desde Aristóteles, constituir esta imensa escala biológica, ao mesmo tempo objetiva e subjetiva, pelo conjunto graduado dos seres vivos.

  Quanto a fisiologia, que constitui a parte dinâmica da biologia, consiste essencialmente em fatos gerais, subordinados entre si, mas inteiramente distintos, cujo conjunto, explica, quer as funções contínuas da vida de nutrição, quer as funções intermitentes da vida de relação.
  O fato mais geral que caracteriza a Vida, é o duplo movimento intimo e contínuo de assimilação e desassimilação, próprio de todos os corpo organizados, e que seu conteúdo, sofre sem cessar, em virtude das relações com o meio em que se acham colocados. Assim, esta Lei da Nutrição,(1) constitui a base de todos os estudos fisiológicos.

    Logo podemos pela Lei do Desenvolvimento e do Declínio (2), que termina com a morte; seu resultado constante gera a Lei da Reprodução (3), segundo a qual a conservação da espécie, compensa a perda do indivíduo. Assim se expressou Augusto Comte : “ A principal propriedade do conjunto dos seres vivos, consiste na aptidão, de cada um deles, de reproduzir, um ser semelhante, como ele próprio provem, sempre de uma fonte análoga. Não só, não há existencia orgânica, que emane da natureza  inorgânica, mas além disso, nenhuma espécie poderia resultar de outra qualquer, superior ou inferior, salvo as variações limitadíssimas, embora muito pouco conhecidas, que cada uma delas comporta. Existe, pois, um verdadeiro abismo verdadeiramente intransponível, entre o mundo vivo e a natureza inerte; e mesmo em menores graus, entre os diversos modos de vitalidade.”  Catecismo Positivista – 2a Ed. 7a Conferência.
  Com relação as Cinco Leis Naturais que coordenam a Vida Animal, três subjetivas e duas Objetiva, vamos poder defini-las como abaixo:
  1)  A Primeira Lei Natural (4), consiste na necessária alternativa, de exercício e repouso, característica de toda  Vida de Relação, Sensação e Movimento, sem executar nossos mais nobres atributos: os sentimentos, a inteligência e a atividade (Bichat)
  2) A Segunda Lei Natural,(5)  que, como em todos os outros casos , supõe a precedente, embora não resulte dela, consiste na tendência, que possui toda função intermitente, de se tornar habitual; isto é, de se reproduzir espontaneamente, depois de cessado o impulso primitivo (Lei do Hábito) – esta Lei encontra o seu complemento natural na faculdade de imitação; aptidão de imitar os outros; pelo menos em todas as espécies animais, dotadas de simpatia, resultando da aptidão de se imitar a si mesmo, ou de renovar atos espontâneos, já realizados. (Cabanis).
 
3)     A Terceira Lei (6) subordinada  à do Habito, consiste no aperfeiçoamento um tempo anatômico e fisiológico, inerente a todos os fenômenos de relação: sensitivos, motores, sentimentais, intelectuais e práticos; isto é, relativos a atividade e ao caráter. No tocante a cada um deles , o exercício tende a fortalecer as funções e os órgãos que o desuso prolongado, chega a atrofiar.

  4)  A Combinação das Leis do Hábito com a do  Aperfeiçoamento,(7) determina uma sétima Lei Vital, que merece cientificamente, uma apreciação distinta, embora ela não seja logicamente, mais do que uma consequência necessária das precedentes: é a da Hereditariedade. Toda Função ou estrutura animal, sendo perfectível até um certo ponto, à aptidão de todos os seres vivos, de reproduzirem seus semelhantes; poderá desde então, fixar na espécie as modificações suficientemente profundas, sobrevinda do indivíduo. Daí resulta o aperfeiçoamento limitado e contínuo, sobretudo fisiológico, mas até anatômico, de qualquer raça, pelas regenerações ou crescimentos sucessivos, tanto mais perceptíveis, quanto mais elevada for a espécie, por ser assim mais modificável e mais ativa.  Augusto Comte – Catecismo Positivista.
 
Assim poderemos medir a diferença, do ponto de vista abstrato  e do ponto de vista  concreto, comparando a teoria Positiva , com a  esclarecida concretamente por Darwin e seus seguidores, como uma Lei Complementar 
5) A Oitava Lei Natural, SELEÇÃO NATURAL- Evolução:
         Foi Charles Darwin (1809 – 1882) quem, incitado pela publicação da descoberta de Alfred Russel Wallace (1823 – 1913 ) de seu princípio da Seleção Natural, estabeleceu em 1859, a Teoria da Evolução, na obra A Origem das Espécies.

       Mais tarde, os estudos de Gregor Mendel (1822 a 1884), retomados no final do século XIX, demostraram o que Darwin insinuou vagamente: que a hereditariedade é particular, não combinada. Sejam ou não os descendentes formas intermediárias entre seus pais, eles herdam e transmitem partículas hereditárias separadas, que hoje em dia denominamos genes. Os genes únicos e separados se distribuem de forma independente através das gerações, como nas cartas de um baralho.
Se a herança é particular, a seleção natural pode atuar. Como estabeleceram pela primeira vez o matemático britânico G. H. Hardy e o cientista alemão W. Weinberg, não existe uma tendência própria de desaparecimento dos genes do “conjunto” de genes. Se isso acontecer, será por causa de processos fortuitos, ou da Seleção Natural. A versão moderna do darwinismo, chamada de neodarwinismo, está baseada nesta ideia, elaborada entre os anos 1920 e 1930 pelos geneticistas R. A. Fisher, J. B. S. Haldane e Sewall Wright.
  A teoria genética moderna da Seleção Natural pode ser assim resumida: os genes de uma população de animais ou plantas que se entrecruzam sexualmente constituem um “conjunto” de genes. Os genes competem neste “conjunto” da mesma maneira que as moléculas primitivas que se reproduziam faziam-no no “caldo” primitivo. Na prática, a vida dos genes do “conjunto” de genes transcorre de duas formas: ou assentando-se em corpos individuais que ajudam a construir, ou transmitindo-se de um corpo ao outro, através do espermatozoide ou do óvulo, no processo de reprodução sexual. Qualquer gene que se origina no “conjunto” genético é resultado de uma mutação ou erro aleatório, no processo de cópia dos genes. Uma vez que se produziu uma mutação nova, esta pode se estender através do “conjunto” genético, por meio da mistura sexual. A mutação é a última origem da variação genética.

       Existem várias razões que explicam a causa da frequência de variação dos genes: imigração, emigração, deslocamentos aleatórios e Seleção Natural. A imigração, emigração e desvios aleatórios não têm demasiado interesse do ponto de vista da adaptação, embora na prática possam ser muito importantes. No entanto, a Seleção Natural é fundamental para explicar a melhora da adaptação, a complexa organização funcional da vida e os atributos de progresso que, discutivelmente, podem-se classificar como evolução. Alguns têm mais qualidades para sobreviver e reproduzir-se do que outros. Os organismos cujas características para sobreviver e reproduzir-se são melhores, tenderão a contribuir com mais genes para os “conjuntos” genéticos do futuro do que aqueles cujas características sejam más para esta finalidade: os genes que tendem a formar organismos bons serão predominantes nos “conjuntos” genéticos. A Seleção Natural traduz-se nos
diferentes níveis de sucesso que alcançam os organismos na sobrevivência e reprodução: isto é importante por causa dos requisitos necessários para a sobrevivência dos genes no “conjunto” genético. A persistência do mais apto, é devido a conservação das diferenças e variações individuais favoráveis, e a eliminação das variações prejudiciais; assim disse Darwin.
                A Hereditariedade dada pelos Caracteres Genéticos e a Seleção Natural atuam somente como elementos conservadores, e fator ativo, que a todos prepondera, é dado pela Influência do Meio, com a reação ao uso e caracteres humanos, no que tange  a sua acomodação, às condições do ambiente - etológica do indivíduo; neste meio, isto é, no meio cósmico ou biológico, onde o indivíduo encontra as ações e as reações, que resultam nas suas variações, que se fixam na espécie, através da Seleção Natural e dos Caracteres Genéticos. 
                Pois é do meio que o Indivíduo vive, que partem as influencias que determinam suas variações. É através da luta travada entre o indivíduo e o meio em que ele vive que resultou seu transformismo, para que viesse ocorrer sua adaptação.
                Intervindo os outros fatores, a conservação  dos caracteres genéticos favoráveis, foi que prevaleceu com a Seleção Natural, a não permanecia dos elementos desfavoráveis, que não poderiam ter lugar.
                  A Seleção Natural tornou-se assim, um dos processos mais preciosos da evolução individual, evolução que se fazia facilmente pela força das circunstancias; evolução que tornava-se  eminentemente progressiva e definitiva para os indivíduos de uma espécie, ou para  a espécie que sobrevivesse.
                A mesma evolução intensiva apresentava o homem, quando vivia em estado de bárbaro. Com efeito, só tendo que lutar com os elementos que lhe eram opostos pelo meio cósmico e com a concorrência dos outros animais, e de seus semelhantes; o homem ou vencia nesta luta, se era forte, ou era vencido, e eliminado se era fraco; não havendo possibilidade da transmissão à gerações sucessivas dos elementos defeituosos.
                Se admitirmos que a eliminação dos fracos não se efetuasse, que não encontrasse direito a vida somente os indivíduos cujo potencial, fosse de sobra, para poderem opor certa reação contra o meio que determinasse sua adaptação, mas que também, os de potencial reduzido, pudessem subsistir, juntamente com os primeiros. É evidente que estes fracos elementos, tendo que concorrer, com os elementos fortes que muito facilmente os levariam de vencida; e teriam que encontrar meios  de subsistência menos vantajosos; e já não só poderiam  se adaptar ao meio, em que tinham nascido, mas sofreriam deste meio ações, que ainda mais lhe diminuiriam a resistência. O fator hereditário, entraria em ação, determinando a conservação, na descendência, deste potencial enfraquecido, que  teria mais que sofrer, as oposições do meio, e assim, nesta progressiva baixa, chegaria a um ponto mínimo, onde o tipo degenerado apareceria esculpido nas alterações da morfologia e da fisiologia do indivíduo.
                Estes fracos indivíduos ainda iriam concorrer devido as suas uniões, para enfraquecer  a descendência dos mais dotados, e tolheriam de maneira desvantajosa, a evolução progressiva.. Sem a eliminação determinada pela Seleção Natural, apareceriam os tipos degenerados, e a evolução individual encontraria uma grande resistência.
                Assim sendo, este fato que não era possível ser observado, antigamente, começou tomar desenvolvimento, desde quando o homem organizou-se em Sociedade. Desde a constituição das Famílias primitivas, a proteção mútua, ia determinando a conservação relativa destes elementos enfraquecidos, até que hoje, nas sociedades civilizadas, o aperfeiçoamento da Moral Positiva, fazendo surgir, o Sentimento de Humanidade, isto é, a subordinação do egoísmo ao Altruísmo, embora outra coisa não lhes conceda, garante-lhes, pelo menos, a Sociedade, o direito de Vida. Desta forma podemos dizer que só com a constituição da Sociedade, começaram aparecer os tipos degenerados.
 
                Mesmo que isto não tenha ocorrido, ao observarmos o que se passa atualmente, deveríamos nos ater que a degeneração ocorre em todas as espécies animais, que vivem sobre a Terra, e que só aparece nas espécies que se organizaram em Sociedade, e principalmente na Sociedade Humana.
                Isto já nos indica claramente, que é na própria sociedade que devemos encontrar as causas da degeneração!
                Por outro lado, a Ciência Biologia, nos ensina que a Evolução Natural é a consequência das variações  individuais determinadas pelas influencias do meio. Essas variações dependem da necessidade de adaptação do indivíduo, neste meio.
                Podemos já deduzir como uma verdade, que o grau de variação, depende da complexidade deste meio, e que ela cessa desde que o indivíduo esteja perfeitamente adaptado à ele. Não havendo o desperdício de potencial, determinado pelo esforço de adaptação, com certeza não pode haver degeneração. Onde não há evolução não há degeneração.
                Eis porque as espécies animais que não vivem em sociedade, não se degeneram : porque não mais evoluem. Não se dá o mesmo com o indivíduo humano.
                Nos ensina a Ciência Sociologia Positiva, que o Indivíduo na Sociedade, não é mais do que um elemento componente de outro Aparelho ou Organismo mais complexo. Não mais influenciado que as outras espécies, pelo meio cósmico, ao qual está adaptado; no entanto o Indivíduo faz parte de um outro meio mais complexo; um meio ainda instável, que ainda não entrou em equilíbrio; e que não entrou em equilíbrio, e que forçosamente, há de trazer variação de outra ordem, aos elementos, que compõem as variações intelectuais, que não poderiam existir sem ele. Estas variações intelectuais têm de ficar sujeitas, às mesmas leis que as variações primitivas; vão aparecer as variações vantajosas, de adaptação do Indivíduo no meio social, e consequentemente o desperdício de potencial e o seu resultado, é a degeneração.
 
                Um microrganismo mono celular, que vive no meio líquido, ou substrato, ficou mono celular, desde que sua variação necessária, se completou. As células do organismo animal encerradas num meio mais complexo tiveram que sofrer mutação, por divisões sucessivas, chegando até as mais complexas, como as do córtex cerebral, no Encéfalo.
 
                O Homem, célula do novo organismo – o Organismo Social, há de sofrer mutações desde Barbárie até a um estado, que é difícil de prever, se não houver uma Educação, de base Altruísta, com vista a melhorar a Sociabilidade Humana . E como a evolução Individual não se efetuou, até hoje, senão a custa da degeneração  de milhares de células do seu organismo, assim também a evolução social, não chegará ao seu termo, senão depois da degeneração de milhões de indivíduos; a menos se conseguirmos, pela Educação dos Sentimentos subordinar o egoísmo ao Altruísmo e se no primeiro caso as causas da degeneração, não poderiam partir de outra parte, senão do meio orgânico; também no segundo, não podem ser encontrados em outros pontos, senão no Meio Social.
 
                Assim se desejarmos saber como ocorre a degeneração humana, devemos conhecer as Leis Naturais, que comandam os fenômenos, biológicos, sociológicos e morais.
 
                Para nos basear de maneira científica, nas investigações destes fenômenos, há necessidade dos leitores se aprofundarem no conhecimento dos Dogmas Positivos – no que tange as 15 Leis Naturais da Fatalidade Suprema ou Filosofia Primeira ou Princípios Universais, { que consistem em relações abstratas, as mais gerais que os fenômenos possam apresentar. São independentes da própria natureza destes fenômenos, e comuns a cada uma das grandes categorias de acontecimentos, que a Ordem Real – as Ciências - apresenta. São  Subjetivas ou Objetivas, isto é, relativas ao Homem e ao Mundo; que considerada em conjunto, nada mais é que a sistematização científica das idéias humanas, ou a explicação real do mundo e do Homem, de acordo com o regime das Leis Naturais, que substitui, em todos os sentidos, o reino das vontades divinas; consiste, essencialmente, na aplicação da noção de lei à todos os fenômenos reais, objetivos e subjetivos, ou na concepção científica da ordem universal, cosmológica, vital, social e moral. Por conseguinte, devemos desprezar as causas, que constitui um gênero de pesquisa, ao mesmo tempo inacessível e vão. Desprezar os porquês, vindo a só se preocupar com o COMO, isto é, com as Leis efetivas dos Fenômenos de qualquer gênero, com as suas relações reais e constantes. Finalmente substitui o absoluto pelo relativo, e renuncia a síntese objetiva, baseada numa causa primeira, única, e onigeradora, para só admitir leis múltiplas, cuja coordenação só é realizável subjetivamente, em relação ao Ser Supremo Coletivo, Contemplador do Ambiente, A HUMANIDADE. Ao mesmo tempo, a filosofia repousa inteiramente na separação, entre o concreto e o abstrato, na divisão entre a Ciência e a Arte. Só especula sobre a existência, sobre os fenômenos que a compõem, mas de modo algum sobre os seres que manifestam este fenômenos, cujo o estudo especial fica reservado, para a prática – ou tecnologia. No ponto de vista lógico, a Filosofia Positiva institui, com total renovação, um estado mais perfeito da modalidade humana}; nas Leis Naturais das Ciências ou  Filosofia Segunda ou Ordem Real ( Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral) , no que se refere, a Sociologia Positiva e finalmente a Ciência Moral Teórica Positiva e a Arte da Educação, pela Moral Pratica Positiva.
 
Resumindo : Pela Visão Concreta
 
                É a Ciência Biologia que tem por Objeto os Organismos Vivos dos reinos { viria,  monera, [protista ], metáfita e metazoa) ou { vírus, bactérias, [ Protozoários e Algas-Monocelulares], Vegetal e Animal; e de seu funcionamento; a Biologia  tem por Fim, o estabelecimento  das relações pelas quais conhecendo-se um órgão encontramos a sua função ou, conhecendo uma função determinamos o órgão que corresponde a esta função; a Biologia também tem por Fim o estabelecimento das relações pelas quais, conhecendo a modificação fisiológica ( metabólica e/ou morfológica), podemos encontrar o seu sintoma correspondente; ou ,  vice versa, e conhecendo um  sintoma  podemos determinar que modificação orgânica ocorreu, criando condições de que este sintoma se manifeste. Nota : A palavra sintoma , aqui neste caso é aplicável  tanto em relação  a fisiologia normal quanto a patológica. A Biologia tem por Método a comparação, que é o modo de raciocinar  pelo qual induzimos mediante a contemplação de fenômenos semelhantes .
   
Ciência Sociologia :
 
“ Esta ciência estuda a existência Social, as Leis Naturais dos fenômenos Religiosos, Políticos e Científicos, onde o homem vivendo em sociedade, vive em uma ordem humana coletiva” . Augusto Come – Filosofia Positiva – Vol. IV,V e VI; Política Positiva Vol. II, III e IV; Catecismo Positivista – Depois da morte de Augusto Comte, Pierre Laffitte, não cessou de ensinar a Sociologia concreta e Abstrata, a história dos principais agentes da evolução humana Os grandes vultos da Humanidade, 2 volumes, Paris 1875 . Na Inglaterra os Senhores Congreve ,Beesly,  G. e V. Lushington, Bridges, F. Harrinson, J. C. Morison e etc. , não cessaram de reproduzir, sob diversas formas, o idêntico ensino apresentado por Pierre Laffitte. E uma série de outros artigos e livros, que foram escritos na Segunda metade do século XIX, e estão dentro de uma realidade que foi propositadamente abafada e escondida, pelos que desejam consciente ou inconscientemente este estado  predominante de Educação, com base no egoísmo humano; onde predomina em nome da liberdade imoral a repressão por  conflitos de toda ordem; pensando que só por disputa é possível  melhorar as condições da Vida Social, visando aprimorar os produtos para serem vendidos, só com vista ao lucro, não para o bem dos outros. e etc. Se todos forem educados para fazer o bem dos outros, isto é, Viver para Outrem e Viver às Claras, tendo O Amor por Princípio, a Ordem por Base e o Progresso por Objetivo, encontraremos a Paz na Humanidade. Mas não é o que pensam os Educados teologicamente, com Deus e as Guerras; nem os capitalistas individuais, com a democracia; nem os capitalistas de Estado, com o comunismo.
 
A Ciência Social, isto é, a Sociologia Positiva, compõe-se de duas partes: uma que constrói a Teoria da Ordem – A Sociologia Estática, e a outra, que desenvolve a Teoria do Progresso -  A Sociologia Dinâmica. Maiores informações a respeito desta ciência, sob o enfoque Científico, isto é, Positivo, será fornecido,  para cada um que se manifestar separadamente, interessado.
 
Resumindo: Sociologia é a  Ciência  que tem por  Objeto o Organismo Social  e o  Seu  Desenvolvimento , isto é,  o Estudo da  Ordem e do Progresso ( Normal e {Patológico[ Ordem Retrógrada e Progresso Anárquico ]} ) de uma Sociedade; a Sociologia tem por Fim                  o estabelecimento das relações Naturais  através das quais , sendo conhecidas  a formação e a  estrutura de uma Sociedade, podemos prever as suas condições  presentes e  futuras  de   existência e de seu comportamento ; a Sociologia  tem por Método a  filiação histórica que é o modo de raciocinar pelo qual induzimos através da  contemplação de fenômenos sucessivos. Nota : Devido ao fato de que  na investigação sociológica tem-se  como fontes de    observação dos  Vestígios   Religiosos(Sentimentos); Científicos (Inteligência) e de  Política ( Ações- Caráter), não se pode como na Moral conhecer  tão profundamente  os  fatores Afetivos  que   criaram tais vestígios; isto não significa que não tenham estado presentes, isto é participado, pois  nada é indiferente  perante  o Sentimento , apenas , a parte sentimental é  profundamente analisada na  Ciência  Teórica Moral Positiva .
                              
Ciência Moral Teórica Positiva :
 
                Caso não existisse, depois da morte de Augusto Comte, o Senhor Pierre Laffitte, o discípulo preferido do Mestre dos Mestres, por ter tido competência e  a capacidade de ter abraçado integralmente a Doutrina Positivista; em assimilá-la, em comunicá-la e em ensiná-la, em cada uma de suas partes; de ter defendido dos ataques que ainda sofre, este dilúvio de críticas incompetentes e mentirosas, de agressões imprudentes ou falsas, teria o Positivismo caído em um profundo esquecimento ; ou teria passado ao estado de curiosidade bibliográfica e não teria visto este período de discussão pública e de vulgarização, indispensável ao seu advento.

                Não teria, principalmente atingido esta ação que neste momento por meio da Internet, que vindo lhe reincorporar à vida pública contemporânea, traz de volta Pierre Laffitte; e também não podemos nos esquecer de Miguel Lemos, Teixeira Mendes e Luis Lagarrigue, e muitos outros, como uns dos elementos de coordenação e de iniciativa das mais originais e dos mais importes do Progresso da Humanidade.    
                A Ciência Moral Teórica, a ética, é mais Sintética que qualquer outra. É para ela que todos os aspectos abstratos, anteriormente estudados, concorrem espontaneamente, para construir o guia geral da razão concreta.
                Augusto Comte, “ estabelece a princípio, as Leis da Simples da Materialidade ( a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química); depois a Biologia constrói, sobre esta base, a Teoria da Vitalidade. Finalmente  a Sociologia subordina à este duplo fundamento, o próprio estudo da existencia coletiva.
                  Embora a Sociologia  seja necessariamente mais completa, do que as precedentes, ainda não abrange tudo, o que constitui a natureza humana, pois nela, os nossos principais atributos, não se encontram ainda suficientemente apreciados.
 
                A Sociologia considera essencialmente no Homem, a Inteligência e a Atividade ou Ação ou Caráter, combinadas com todas as nossas propriedades inferiores, mas sem ser diretamente subordinados aos sentimentos que as dominam.
                Este desenvolvimento coletivo, faz sobretudo sobressair nosso surto teórico e prático. Nossos sentimentos só figuram em sociologia, mesmo na Estática, pelos impulsos que exercem sobre a vida comum, ou pelas modificações  que recebem dela. Suas Leis Próprias, apenas podem ser estudadas  pela Moral , onde adquirem  a preponderância, devido a sua dignidade superior, no conjunto da natureza humana; onde Augusto Comte percebeu as Leis Naturais da Moral Positiva, e sintetizou os Sete Teoremas que constitui a Ciência da Construção = A Ciência Moral Teórica Positiva.
               
Maiores informações a respeito desta ciência, sob o enfoque Científico, isto é, Positivo, será fornecido,  para cada um que se manifestar separadamente, seu interesse. 
               
Em Resumo :   A Ciência Moral Positiva, que tem por Objeto a  Natureza Humana  individual ; em seus aspectos Afetivo , Intelectual e Prático ;  a Moral tem por Fim o estabelecimento das leis Naturais que permitem  prever o comportamento de uma existência humana , colocada em determinadas condições  Objetivas e Subjetivas , e , também , a previsão  das modificações  que  possa sofrer esta mesma  existência humana , por influências  Interiores  e Exteriores. A Moral tem por Método a construção  , que é  o modo  de raciocinar  pelo qual se aceitam ou se rejeitam  proposições segundo a sua compatibilidade  ou incompatibilidade,  com o resultado de induções ou deduções anteriores . O que foi dito anteriormente se refere  a Moral-Teórica .  Além da Moral Teórica está a Moral Prática que  institui os meios gerais  de aperfeiçoamento humano em seu tríplice aspecto: Afetivo(Pela subordinação sistemática do egoísmo ao altruísmo);Intelectual ( Pela subordinação   Sistemática da Análise  à Síntese );e  Prático (Pela subordinação Sistemática  do Progresso à Ordem) .
 
                Mas para não deixar sem resposta, vou concluir sem demonstrar as existência das Leis Naturais, que comandam a geração destes fenômenos; deixando a procura do conhecimento, destas Leis, para aqueles cujo sentimento, a inteligência e o caráter, se simpatizem em estudar a grandeza desta Doutrina, que é a Doutrina Positivista; a fim de aglutinarmos um maior número de homens e Mulheres, que desejem, que a Humanidade realmente rume para uma posição de equilíbrio Harmônico, onde predomine a subordinação do egoísmo ao Altruísmo, do direito aos Deveres, da análise à Síntese, e do progresso à Ordem.

                A conclusão dos fatores de degenerescência Humana, vão ser expressos aqui, pelas suas Tecnologias, referentes as Ciências Biologia, Sociologia e Moral Positiva; que são : as Enfermidades Somáticas, provocados por agentes externos e internos;  Enfermidades Sociológicas e Enfermidades Psíquicas –respectivamente; Todas Expressas em Ação -; com base nas suas respectivas ciências. Mas vale para dar sustentáculo de visão de Destino ou Fatalidade Suprem as 15 Leis Universais, comuns a todas as Ciências. Mas para isso há, necessidade de estudarem  estas Leis e suas aplicações, sugiro que seja pelo  Livro : Manobre Você Mesmo o Seu Destino – de P. A . Lacaz e Hernani Gomes da Costa. Onde encontramos as Leis Estáticas e Dinâmicas ou da Evolução do Entendimento; as Leis da Racionalidade, Leis da Estabilidade da Ordem Universal; Leis da Modificabilidade da Ordem Universal; Leis da Subjetividade. Que diagnosticam os vários estados normais e patológicos, que vive, viveu ou viverá a Humanidade.            
                              
                Vamos aos fatores de degenerescência Humana ocorrida PELAS NÃO ADEQUADAS APLICAÇÕES DAS TECNOLOGIAS DE CADA UMA DAS CIÊNCIAS OU DAS ARTES, ABAIXO INDICADAS.
 
Biologia :
 
A Nutrição : Excesso de Gordura, Animal e Vegetal, Sal, Açúcar, Café, Chá, Produtos Químicos, Pimenta, Cigarro, Tóxicos e Produtos Químicos Farmacêuticos { Psicoanalépticos (Grupo das Afetaminas, Grupo das Piperidina; Grupo da  Mono-Amino-Oxidase e  Grupo dos Derivados Tricíclicos) ; Psicolépticos (Hipnossedativos, Tranquilizantes; Derivados Fenotiazínicos; Alcalóides da Rauwolfia e Butirofenas); Psicodislépticos ( Alucinógenos ou Alucinogênicos   = Maconha , Mescalina, LSD, Psilocibina e Psilocina; Bebidas Alcóolicas - Pinga, Cerveja, Whisky e etc.) . Poluição Atmosférica e Terrestre. Alimentação por produtos Transgênicos. Intoxicação pela pele = cremes, champôs e sabonetes, pastas de dente, Corantes de Cabelo; pigmentos ou corantes orgânicos alimentícios, de alta toxidade, principalmente os amarelos. Conservantes e Estabilizadores Alimentícios. Pesticidas, Herbicidas e Inseticidas. Etc. .Influencia das radiações, na geração dos produtos hormonais.

                Além de causarem deturpação no metabolismo orgânico, criando doenças passageiras; algumas criando degenerescência das células, provocando doenças graves; outras afetam a estrutura genética da formação dos óvulos e dos espermatozoides, criando degenerescência da estrutura do DNA, nos cromossomos, provocando degenerescência das gerações futuras.
                As epidemias e todas as moléstias infecciosas tem ocorrido para degeneração da espécie humana – A Falta de Higiene – Profilaxia
                O Filho de um sifilítico é sempre um enfraquecido, e a tara se apresenta desde as simples alterações  constitucionais até as anomalias  de organização mais profundas  do sistema encefálico – isto é, a Idiotia.
 
O Sexo : O excesso de sexo, com necessidade de não procriação, provoca pré-disposição mórbida, que deixa o soma sujeito ao desenvolvimento de todas as infecções, afora as que resultam de práticas sexuais imprevidentes e imorais.
  O Fumo , já é nosso conhecido, pela propagandas  de combate ao seu uso, gerador de várias doenças, dentre elas, o câncer de pulmão. Alcatrão Cancerígeno.
  Tóxicos – Procurar ler o Livro  - Tóxico - de Vicente Greco Filho.- Editora Saraiva.
  
Seleção Natural – Evolução
                A deturpação que o desenvolvimento científico, vai criar, com as descobertas das técnicas de  engenharia genética – clonagem – trazendo evidentemente, grande benefícios para a Humanidade; mas não há dúvida que irá surgir, em maior escala, devido ao estado de sentimento egoísta que predomina, grande aberrações imorais para  serem filtradas, para o próprio bem da Humanidade. Para isso, necessitamos, de pregações, e não somente de leis, que não serão cumpridas, na sua maioria, para bloquear  os possíveis danos a nossa espécie; mostrando as consequências, das sugestões Imorais. Vide artigo de P. A . Lacaz – Biobomb3.doc
Sociologia
 
Muitos produtos alimentícios são gerados, pela Sociedade. Indicados no Item – 1 Biologia - Nutrição, Estes produtos muitas vezes utilizados de forma inadequada, tornando-se tóxicos; nascidos das anomalias de produção no meio social, isto é, na Sociedade, os Psicoanalépticos, os Psicolépticos e os Psicodislépticos, são os que de forma  inadequada de uso, se transformam em veementes venenos para a Sociedade Humana; deturpando a evolução  da Civilização Humana – isto é, A  Ternura e A Pureza da Humanidade; levando-nos, em muitos casos para o lado, inicial da loucura e depois levando o indivíduo para a Idiotia.
 
                Falemos sobre alguns deles: O Álcool, o Fumo e os conhecidos por Tóxicos.
 
Primeiramente o mais consumido de todos, e o maior deturpador das Gerações Futuras.
Da mesma forma, que as células do organismo humano, por um desvio de sua função, muitas das vezes excretam, produtos tóxicos, também na sociedade, se dá um fato idêntico: derramam na corrente  circulatória social, grande numero de alimentos e bebidas tóxicas. Dos produtos tóxicos nascidos da anomalia de produção social, é o álcool, que de todos sobrepuja, pela qualidade de sua produção e de consumo, principalmente nas nações mais ricas, ditas as mais civilizadas, o mais danoso.

  Os orientais embriagam-se  com o haschick e com o ópio; os ocidentais buscam de preferência  a embriagues alcoólica e a  cocaína.
  Álcool sem controle do abuso de seu consumo, é de consequência, das mais danosas e desoladoras.   

                O Álcool é um tóxico dos mais perigosos, por que seus efeitos manifestam-se lentamente, Só aparecem as consequências muito tempo depois de seu uso contínuo, mesmo em reduzidas doses frequentes. Só se percebe o efeito violento quando ingerido em grande quantidade, pois os danos  externos do comportamento logo se nota. Mas o dano maior, tanto faz com grandes quantidades ou pequenas doses constante, pois o feito é o mesmo. Danificação das células cerebrais.
As perturbações que o álcool  determina são as mais variadas, de acordo com o grau de resistência de cada um . Vão desde simples irritação local, à gastrite alcoólica, até as profundas perturbações  da nutrição, a plena degeneração gordurosa das vísceras. 
  Sendo o Álcool um produto tão comum e de preço relativamente baixo, e sendo as bebidas alcoólicas de agradável paladar, mistificando o tóxico que encerram; que não classe alguma da sociedade que faça exceção ao uso destas bebidas; e que a mínima causa justifica o motivo do ingestão destes venenos.
  Por isso, podemos dizer que esta Sociedade em que vivemos é uma sociedade intoxicada pelo Álcool; o homem de hoje em dia, na sua maioria tende em uma velocidade grande de se degenerar; se por acaso, não se lhe colocar uma barreira ao alcoolismo.
  Quanto as epidemias, elas normalmente dão o seu inicio, ocorrem em maior intensidade, nas populações já depauperadas, devido as causas de dificuldades  econômicas , lutas políticas, guerras , etc.
  Se não fossem as migrações , entre povos de mesma raça, com os devidos cuidados da imigração, talvez a espécie humana tivesse tido uma dissolução completa.
  Quanto ao Sexo, as suas funções sociais, pois na realidade a separação dos dois sexos, exige uma união, que supõe a separação do ofícios, para um certo resultado comum. É uma associação a dois ; logo seguida de uma corporação de um terceiro ente, quando da associação dessa associação rudimentar – os Filhos – necessitando de proteção, mesmo que seja por pouco tempo, dando surgimento ao instinto materno.
 
O sexo além das relações ante sociais, que são de tudo a consequência. Esta tem pago maior tributo o sexo feminino, a vitima eterna da sexualidade masculina desalmada, e hoje em dia da liberalidade sexual feminina, cujo principal resultado é a dissolução das famílias, consequência inevitável de todas as infidelidades conjugais.
 
A destruição da família, faz com que a maioria dos seus filhos, (90%) se tornem agressivos, violentos, rebeldes, por isso adotando condutas, de procura de tóxicos, de bebidas alcoólicas,  com o fim de esquecerem da falta de carinho, de apego e de bondade, que recebiam dos seus progenitores. Com vista a agredi-los pelas atitudes que tomaram em se separarem, e se entregarem à outros que nas suas mentes, não transmitem segurança à reciprocidade dos seus sentimentos. E mesmo que transmitisse não são seus verdadeiros país, sempre fica a dúvida sobre a verdade do sentimento. Paira o medo da falsidade. A Dúvida, só perturba, ela mata a harmonia! Mas a maioria dos jovens entra no tóxico, pela curiosidade, pelo que contam as suas amizades, da euforia, das visões = período da imitação. etc.
 
Quanto aos tóxicos, segundo a organização  Mundial de Saúde, que define a toxi mania, como um estado de intoxicação periódico, nocivo ao indivíduo e a Sociedade, definido pelo termo dependência  e drogas que determinam dependência.  
               
Moral Positiva
  As perturbações que o álcool, que é um toxico, do grupo dos Psicodislépticos – Euforizantes,  determina  as mais variadas perturbações, de acordo com o grau de resistência de cada um . Vão desde simples irritação local, na perturbação do estado emocional, junto ao Encéfalo; provocando o delírio agitado, o delírio alcoólico simples, e a maior parte das alienações mentais ,podem ser atribuídas  ao álcool.
  O Alcoolismo é um dos grandes fatores dos crimes, de suicídios por depressão, como os criminalistas e psiquiatras podem referendar.
  Não só a degeneração orgânica, isto é, do soma, mais ainda do psíquico, que influenciam na formação da “ Alma Humana “  das gerações seguintes, no que tange ao Sentimento, a  Inteligência, a Memória e ao Caráter. Não há dúvida, que o álcool é um produto que lesa as células, principalmente os neurônios, já que a maioria dos alcoólatras declarados, já são indivíduos degenerados; não se pode negar, que uma dosagem diária, frequente, possa determinar, no fim de algum tempo a degeneração na descendência dos indivíduos, que a ele se entregam.
  Grande numero de psiquiatras confirmam que o indivíduo procriado na ocasião da embriagues, de um dos seus progenitores, nasce com a tendência à Idiotia.
  É evidente que em menor escala alcoólica, não se atinge a idiotia, perceptível, mas provoca danos irreversíveis em menor escala.
  A soma  dos casos de alienação mental, dos suicídios e principalmente dos crimes e dos delitos causados pelo alcoolismo, torna-se cada vez maior  em todos os países ditos civilizados, que de civilizados, não tem nada.
  Logo após as grandes guerras sempre correram grande epidemias, devido a fraqueza moral da população, estar desgastada, com estado emocional negativo, isto é, a depressão, provocando estado de demência, devido a perdas de parentes e de amigos, com falta de apetite, febres, fraqueza, disponibilidade para  as doenças, principalmente as epidêmicas
  O casamento dos muitos jovens, onde ainda não ocorreu a completa formação da estrutura do DNA, isto é, dos cromossomas femininos e masculinos, com certeza geram espécies  descendentes atrofiadas física e mentalmente.
 
O sexo torna-se responsável por inúmeros distúrbios viciosos, às vezes monstruosos, que acarretam alterações  orgânicas  da vida vegetativa, da inervação sensorial e motora, e da estabilidade do encéfalo. A exaltação deste instinto, com todas as reações egoístas que desperta , altera assim não só a vitalidade individual; sendo um dos grandes fatores etimológicos de todas as moléstias, como ainda compromete a descendência, pela degenerescência de uma prole, saído de genitores já enfraquecidos pelos excessos sexuais. Torna-se fatal a transmissão hereditária, de uma vitabilidade neuropática anormal, e de grande numero de cerebropatias, das quais as mais comuns são a idiotia, a demência precoce e a psiconeurose epiléptica.
 A disposição a idiotia, nota-se muito comumente na puberdade, com a entrada em cena do instinto, que até ai dormia, caso uma conveniente educação não tenha conseguido  normalmente orienta-lo. O adolescente torna-se distraído, com pouca inteligência, desmemoriado, com fraca capacidade de síntese ; só se preocupando com as minúcias que facilmente conduzem às obsessões. Sobrevive o retração do caráter, as angústias e o definhamento corpóreo. Com o decorrer, surgem as graves alterações cerebrais da demência precoce ou loucura, incontestavelmente  ligadas aos distúrbios iniciais do instinto sexual; confirmadas, pelas alucinações, manifestações demoníacas de íncubos e súcubos. A satiríase e a ninfomania, não manifestações físicas destas exaltações. Os epilépticos são grandemente sexuais.
  As alterações sensoriais e motoras que são sempre acompanhadas , levam os neurologistas a considera-la como simples nevrose, no entanto os psiquiatras com mais propriedade, enquadram-na entre as psiconevroses.
Uma das maiores preocupações morais do sacerdócio católico da Idade Média, foi a repressão do instinto sexual, pela celebração da castidade. E ao mesmo tempo os católicos operaram a dignificação feminina, promovendo o casamento indissolúvel, que defendia a mulher contra as inconstâncias caprichosas do homem. Hoje a desordem moral traz o surgimento de uma nova geração que tende a provocar a destruição de sua própria espécie.

TÓXICOS  - Fatores Etiológicos das Dependências das Drogas  - Psicodinâmica dos Vícios – Livro - Tóxicos – Vicente Greco Filho – Editora Saraiva.-1992 . Por não Ter tempo de resumir este tema, favor  consultarem este Livro, que traz substancial  matéria sobre o assunto.
  Arte da Educação – Educar os Sentimentos – É mostrar os  Exemplos, para se Educar os Sentimentos; isto é, subordinar o egoísmo ao Altruísmo; principalmente, com relação aos instintos de ambição ( orgulho e vaidade), que tem necessidade de serem disciplinados ou depurados em seus excessos. Estes dois  instintos, necessário a vida social, como intermediários entre  a Personalidade Fundamental e a Verdadeira Sociabilidade, tornando-se o maior tropeço para a disciplina em geral, e portanto para os progressos individuais e sociais, quando se desenvolve além do limite normal.
O excesso do orgulho, obscurece a inteligência, impedindo-lhe de ver a realidade, quando esta contraria as demasias do amor-próprio. O Orgulho dificulta, no orgulhoso a correção dos seus atos, com a retificação dos erros  da inteligência; Este empecimento, ou tudo que passa sem mesmo o indivíduo se conta do ocorrido, tornando-se um fenômeno inconsciente; ou esse emperramento se realiza deliberadamente, em plena consciência, o que certamente é pior. Isto constitui a teimosia. Dificilmente o orgulhoso confessa os seus erros; quer os mentais , quer os da conduta; mesmo quando os tenha reconhecido  rigorosamente errados.
  O aperfeiçoamento pessoal e social exigem por isso, a disciplina deste perigoso instinto. Mas para que a correção deste seja eficaz, é necessário, que seja instituída, desde o berço e continuada durante a infância e a adolescência, sem o que será difícil de ser corrigida quando adulto.
  O Orgulho é o pior dos conselheiros na vida social cotidiana.
  A Educação do Orgulhoso, é iniciado na infância com a contrariedade da privação de uma gulodice, de um passeio ou de um brinquedo, ou das brincadeiras com algum companheiro; e se a criança for afetuosa, mas no entanto orgulhosa, , devemos nega-la um beijo ou afeto.. A experiência  repetida esclarecerá o sua inteligência, fazendo-a reconhecer o prejuízo que traz a disposição à teimosia, e a grande vantagem da obediência ou submissão, que é a virtude que se opõem ao orgulho. Devemos simultaneamente induzir o sentimento da Veneração. Para isso há necessidade de Educar , subordinando o egoísmo ao Altruísmo.
 
Arte Jurídica – Os Deveres subordinando os direitos – Vide trabalho deste autor – Conselho Moral da ONU9.doc; Direitos01.doc
 
6) Arte Política – O respeito Hierárquico, é base das relações Políticas. O Cumprimento das Disciplinas – Individuais, Doméstica; Cívica, Ocidental, Oriental e Planetária -  A Noção Profunda de Veneração; a profunda noção de República. – Viver para Outrem –Viver às Claras :  tendo O Amor  por Princípio a Ordem por Base e o Progresso por Objetivo
 
7) Arte Médica – O Sacerdócio – o Não Comércio da Medicina.
 
8)            As Artes do Belo – ou Belas Artes : Poesia, Pintura, Escultura, Música, Arquitetura, Mímica ; Filme ( Vídeo –Televisão – Internet) – Teatro; maximizar estas artes no caminho da Expressão dos Sentimentos Altruístas, para propagar a minimizarão dos egoísmo humanos. Por isso que a censura ao egoísmo tem que ser realizado o mais depressa possível; e não deixar que as Famílias tomem a decisão de  administrar tal censura. Ela deve ser  realizada pelos Sacerdotes das Religiões que pregam o AMOR; e fiscalizados pelas Associações de Famílias consagradamente Moralistas, com sobrenome na Educação; indicados pela Cúria da Igreja Católica Apostólica Romana
 
Hoje em dia, pelo esfriamento do Catolicismo, Augusto Comte sintetizou bem a situação, dizendo: “ O que caracteriza a revolução moderna, é que sobre o ponto de vista Temporal, todos pretendem mandar, e ninguém quer obedecer; e no ponto de vista espiritual, o que é mais grave, todos pretendem ensinar, e ninguém quer aprender.” 
 FIM

                   MENTAL DESORDERS, ENDOGENOUS PSYCOSES, CEREBRAL SYSTEMS













  










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