O
QUE ACONTECEU NA NOITE DA MORTE DE
GETÚLIO DORNELLES VARGAS.
Em 24 de agosto de 1954, o Tenente Raimundo Cezar de Oliveira Barros –
Chefe da Guarda do Palácio do Catete, que respondia ao Comandante Cel. Orlando Gomes Ramagem, estava
fazendo guarda na porta do quarto do Presidente, quando disse a ele que
não fechasse por dentro a porta do
quarto pois, caso os revoltosos – junto com os
Ministros das Três Forças
tentassem entrar , ele Tenente não teria condições de dar o devido
apoio.
O palácio estava lotado de oficiais das três armas, a
confusão era grande e caso o Presidente deixasse entrar no palácio um grupo
para investigar a trama do Gregório,
Getúlio não voltaria ao cargo.
Foi por este momento que a sua querida filha Alzira
Vargas do Amaral Peixoto, disse ao seu pai:
__Papai vou à Niterói pegar
algumas roupas e volto para ficar com o Senhor. Agora por favor, o “senhor não
vai fazer o que estava pensando”
O Tenente não deu conta
do que se tratava.
Ela voltou de Niterói e
ficou perambulando dentro do Palácio do Catete.
Foi quando o Tenente Barros
escutou um estampido – Revolver calibre 32.
Abriu a porta e viu o
Presidente, debruçado de costa para a cama com as duas pernas para o lado de
fora. A boca aberta com filete de sangue. Provavelmente o tiro vazou o coração
e penetrou no pulmão.
O Tenente Barros
apanhou o “bilhete” e não existia NENHUMA CARTA TESTAMENTO, em cima do Criado
Mudo.
O Bilhete era pequeno e
dizia:
“Não tenho mais
condição, não sei o que vai ocorrer nos dias de amanhã.” Algo neste sentido, pois o Tenente hoje tem 84
anos.
O
Presidente Getúlio Vargas Jamais teve condições de escrever tal Carta de
Testamento. Os acontecimentos se precipitavam e mesmo que fosse competente para
escrevê-la, no estado de espírito em que se encontrava seria impossível em
curto prazo, escrever magnifico desfeche. Os seus discursos eram escritos por terceiros.
Meu
pai, Paulo da Silva Lacaz, que foi colega de turma na Faculdade de Medicina da
UB – na Praia Vermelha, de Lutero Vargas, filho do Presidente – Turma de 1937, me
contava que em sua cidade natal – Guaratinguetá, tinha dado um filho – Alfonso
Cezar Galvão (Afonsinho Cezar) – Filho do Professor Climério Galvão – mais
tarde funcionário público do IAPT? – era um dos preferidos do Presidente
Getúlio Vargas para elaborar seus discursos. Morreu em Brasília.
O Getúlio jamais soube
dos atos ilícitos do Gregório, nos porões do Palácio.
O Tenente ficou de
posse e entregou ao comando as correspondências, do calhorda Gregório.
Em uma delas, dizia um
bilhete:
Para o Presidente da
CEF: “Caro Presidente da CEF o Deputado X deseja um empréstimo naquela base”
(nunca vai pagar) – A corrupção já estava em curso pelos ratos do palácio. Mas
Getúlio nada sabia.
Os mais chegados são os
piores. Ele era segurança e cometia crimes amorais contra quem confiava nele.
Estes dados foram
coletados, tomando uma cerveja no Barzinho do Leblon, RAQUETE, onde o Cel.
Barros toma seu diurético. Duas latas de cerveja no sábado e no domingo.
O Cel. Barros me
autorizou a divulgar.
Dados coletados e
escritos por Paulo Augusto Lacaz / 30/03/2013
NOTA: ELE ESTÁ LÚCIDO ATÉ HOJE -14/11/2015