Saturday, November 14, 2015

O QUE ACONTECEU NA NOITE DA MORTE DE GETÚLIO DORNELLES VARGAS.


O QUE ACONTECEU NA NOITE  DA MORTE DE GETÚLIO DORNELLES VARGAS.

Em 24 de agosto de 1954, o Tenente Raimundo Cezar de Oliveira Barros – Chefe da Guarda do Palácio do Catete, que respondia ao Comandante Cel.  Orlando Gomes Ramagem,  estava  fazendo guarda na porta do quarto do Presidente, quando disse a ele que não fechasse por dentro a porta  do quarto pois, caso os revoltosos – junto com os  Ministros das Três Forças  tentassem entrar , ele Tenente não teria condições de dar o devido apoio.

O palácio estava lotado de oficiais das três armas, a confusão era grande e caso o Presidente deixasse entrar no palácio um grupo para investigar a trama do Gregório,  Getúlio não voltaria ao cargo.

Foi por este momento que a sua querida filha Alzira Vargas do Amaral Peixoto, disse ao seu pai:

__Papai vou à Niterói pegar algumas roupas e volto para ficar com o Senhor. Agora por favor, o “senhor não vai fazer o que estava pensando”

O Tenente não deu conta do que se tratava.

Ela voltou de Niterói e ficou perambulando dentro do Palácio do Catete.

Foi quando o Tenente Barros escutou um estampido – Revolver calibre 32.

Abriu a porta e viu o Presidente, debruçado de costa para a cama com as duas pernas para o lado de fora. A boca aberta com filete de sangue. Provavelmente o tiro vazou o coração e penetrou no pulmão.

O Tenente Barros apanhou o “bilhete” e não existia NENHUMA CARTA TESTAMENTO, em cima do Criado Mudo.

O Bilhete era pequeno e dizia:

“Não tenho mais condição, não sei o que vai ocorrer nos dias de amanhã.”   Algo neste sentido, pois o Tenente hoje tem 84 anos.

O Presidente Getúlio Vargas Jamais teve condições de escrever tal Carta de Testamento. Os acontecimentos se precipitavam e mesmo que fosse competente para escrevê-la, no estado de espírito em que se encontrava seria impossível em curto prazo, escrever magnifico desfeche.  Os seus discursos eram escritos por terceiros.

Meu pai, Paulo da Silva Lacaz, que foi colega de turma na Faculdade de Medicina da UB – na Praia Vermelha, de Lutero Vargas, filho do Presidente – Turma de 1937, me contava que em sua cidade natal – Guaratinguetá, tinha dado um filho – Alfonso Cezar Galvão (Afonsinho Cezar) – Filho do Professor Climério Galvão – mais tarde funcionário público do IAPT? – era um dos preferidos do Presidente Getúlio Vargas para elaborar seus discursos. Morreu em Brasília.

O Getúlio jamais soube dos atos ilícitos do Gregório, nos porões do Palácio.

O Tenente ficou de posse e entregou ao comando as correspondências, do calhorda Gregório.

Em uma delas, dizia um bilhete:

Para o Presidente da CEF: “Caro Presidente da CEF o Deputado X deseja um empréstimo naquela base” (nunca vai pagar) – A corrupção já estava em curso pelos ratos do palácio. Mas Getúlio nada sabia.

Os mais chegados são os piores. Ele era segurança e cometia crimes amorais contra quem confiava nele.

Estes dados foram coletados, tomando uma cerveja no Barzinho do Leblon, RAQUETE, onde o Cel. Barros toma seu diurético. Duas latas de cerveja no sábado e no domingo.

O Cel. Barros me autorizou a divulgar.

Dados coletados e escritos por Paulo Augusto Lacaz / 30/03/2013

NOTA:  ELE ESTÁ LÚCIDO ATÉ HOJE -14/11/2015