CAN THE USA ONE DAY CHANGE ITS STRATEGY AND LOGISTICS - GEOPOLITICS, FOR ITS OWN SURVIVAL?
NÓS LATINOS AMRICANOS NÃO PODEMOS NOS ENGANER COM OS ESTADOS UNIDOS, QUE MUITA GENTE NÃO VÊ E QUE ESTÁ SEMPRE ATRÁS DA CERCA, PORQUE BIDEN É APENAS MAIS UM PRESIDENTE QUE NÃO PODE FUGIR DA POLÍTICA DE ESTADO DE SEU PAÍS,
A COMEÇAR PELA DOUTRINA MONROE, O COROLÁRIO DE ROOSEVELT, QUANDO INVADIRAM O PANAMÁ EM 1904, BEM COMO OUTRAS REFORMAS FEITAS POR HENRI KISSINGER NA DÁCADA DE 1960, QUE FOI RENOVADO PLANO MARSHAL, CRIADO INICIALMENTE EM 1948, APÓS A II GUERRA MUNDIAL, NÃO SÓ PARA A EUROPA, MAS PARA A AMERICA LATINA, QUANDO OCORRERAM AS DITADURAS.
"BUY AMERICAN": BIDEN ANUNCIA A VOLTA DO PROTECIONISMO.
Além do aumento na exigência do
conteúdo nacional, o Valor Econômico informa a intenção do novo governo de
aumentar os gastos públicos para estimular a produção e investimentos de
infraestrutura: “Biden também defende gastos de US$ 400 bilhões em compras
governamentais para aumentar a demanda por produtos e serviços americanos, em
conjunto com seus projetos de investimento em infraestrutura e energia limpa“.
Ao contrário do que deseja a imprensa
econômica brasileira, Joe Biden não vai retomar o idílico “liberalismo
pré-Trump”. Os EUA, como maior potência industrial do planeta nunca deixou de
ser protecionista e ‘keynesiano’. O neoliberalismo inaugurado por Ronald
Reagan, na verdade, foi a imposição de uma segunda hegemonia do capital
financeiro, sem desmontar o protagonismo do Estado norte-americano como centro
decisório e impulsionador de sua economia. A autoproclamada liberalização
possui duas dimensões, a interna e a externa, muito distintas na forma e no
conteúdo.
Externamente foi a imposição da liberalização
das economias nacionais do resto do mundo para os intensos fluxos de mercadoria
e de capitais norte-americanos a partir da Terceira Revolução Industrial. A
fronteira da inovação tecnológica permitiu aumentar a velocidade de todas as
transações econômicas, reais de importação e exportação, ou financeiras, com a
exponencial emissão fiduciária do dólar. A liberalização, portanto, exigia não
apenas abertura comercial e financeira com o fim de barreiras alfandegárias e
câmbio flutuante, como contrapartidas para o financiamento em dólar tais como
ajuste fiscal, ou seja corte gastos, privatizações, e etc.
Internamente aos EUA, o
neoliberalismo foi a liberalização das regulações sobre o sistema financeiro
criadas nos anos 1930 por Roosevelt em reação à quebra da bolsa de Nova York em
1929, a diminuição dos impostos sobre os ricos e os ganhos financeiros,
contrabalanceados com o corte de gastos sociais, repressões ao sindicalismo e
etc.
De fato, o pilar Keynesiano da
regulação das finanças no sentido de conter a especulação e incentivar o
financiamento produtivo e a proteção social foi enfraquecido a partir dos anos
1970 e 1980, e demolido nos anos 1990. Porém, o papel do Estado como maior
investidor e comprador da economia nunca foi abalado. As compras governamentais
continuaram sendo o maior motor de demanda nos EUA, bem como obras públicas de
infraestrutura. O investimento na indústria bélica continua sendo o coração da
economia americana, garantindo o entrelaçamento de cadeias produtivas inteiras
do petróleo aos microchips e infraestrutura de internet.
Foi no governo do liberal Barack
Obama que o Estado investiu U$ 800 bilhões de dólares para enfrentar a
paralisação da economia real diante da quebra do mercado imobiliário
financeirizado. Naquele pacote fiscal havia regras “Buy American” que impuseram
a compra de aço e ferro nacionais para não permitir o aumento da importação
dessas matérias primas produzidas mais baratas em outros países.
Em 2019, já no governo do
protecionista Trump, os EUA gastaram U$ 516 bilhões em compras estatais, sendo
o Departamento de Defesa o maior destinatário de bens industrializados com
cerca de 70%, o que o coloca como o maior comprador industrial do planeta.
Pois bem. O que Biden anuncia,
portanto, não é nenhuma guinada “anti-liberal”, mas um aprofundamento de uma
política econômica de Estado cujo foco é a defesa intransigente do interesse
nacional dos EUA.
As disputas entre democratas e
republicanos não se dá entre “protecionismo” e “liberalismo”, “nacionalismo” e
“globalização”, mas nas diferentes estratégias hegemônicas para se atingir o
interesse nacional acima de tudo.
Republicanos e democratas, de Jimmy
Carter que nomeou Paul Volcker que realizou o choque de juros do FED em 1979,
passando por Reagan e os cortes de impostos para os ricos, Bush pai e a
liberalização na produção de petróleo e a primeira invasão do Iraque, Bill
Clinton e a implementação dos acordos de abertura comercial-financeira em troca
dos empréstimos do FMI, Bush filho, nova invasão do Iraque e a desregulação do
setor financeiro, e Barack Obama pelas guerras híbridas, invasão da Síria, e
resgate sem contrapartidas do setor financeiro, todos eles, atuaram no sentido
de impor a hegemonia do capital financeiro norte-americano sobre o resto do
mundo.
No entanto, é evidente que a
hegemonia financeira gera sérios problemas internos. As aberturas comerciais e
financeiras de fato geraram desindustrialização nos EUA, com a migração de
plantas produtivas inteiras para a Ásia - TPP, ou mesmo com integração produtiva
através de maquiladoras nos países periféricos da América Latina. O core
tecnológico até pode permanecer no Vale do Silício com as Big Techs, mas os
empregos industriais de massa são cada vez menores transformando o interior do
país num deserto de desemprego e pobreza. Este é o motivo da ascensão da
alt-right, eufemismo para extrema-direita, que com suas diversas frações se
unificou sob o populismo trumpista. O que Trump expressou foi a insatisfação de
um setor crescente da população que estava excluído do butim imperialista
financeiro. Os rednecks não recebem lucros e dividendos de multinacionais, nem
royalties do uso de marcas e tecnologias, e muito menos bônus pela corretagem
de ações de empresas da fronteira tecnológica que operam com prejuízo, mas vêem
seu valor de mercado crescer exponencialmente.
Trump não realizou uma guinada
protecionista, keynesiana ou nacionalista na política econômica americana. Ele
buscou expressar ideologicamente a insatisfação dos americanos brancos e pobres
desempregados de não estarem inclusos na economia nacional como antes. Para
isso, Trump, desde o início, se apoiou em uma antiga e consolidada
institucionalidade norte-americana com diversos instrumentos jurídicos e
políticos para tal, como detalhado em “Protecionismo, Soberania Econômica e as
“Trump Towers”:
“Poderiam aqui ser mencionados (i) o
“Buy American Act”, diploma que instrumentaliza as compras governamentais do
país ao fomento de sua produção doméstica; (ii) a DARPA, bilionária agência
dedicada ao desenvolvimento de tecnologias usufruídas pelo exército e
empresariado locais; ou (iii) a “Super 301”, agressivo mecanismo unilateral de
defesa comercial inscrito no “Omnibus Foreign Trade and Competitiveness Act”,
de 1988.
Outro importante instrumento de
proteção da economia estadunidense é o tão poderoso quanto obscuro “Committee
on Foreign Investment in the United States” (CFIUS). Trata-se de comitê
interministerial submetido diretamente à Presidência dos EUA, tendo por função
a supervisão das implicações, em termos da segurança nacional e soberania
econômica, de investimentos estrangeiros no país.
O CFIUS foi instituído em 1975, para
analisar o impacto, elaborar relatórios e propor políticas relativas ao
investimento estrangeiro nos EUA. Em 1988, durante o Governo Reagan, foram
concedidos poderes à Presidência para impedir a consumação de operações de
aquisição de controle de empresas norte-americanas por estrangeiros, caso o
negócio pudesse ameaçar a segurança nacional. Coube ao CFIUS, por seu turno, a
análise prévia de tais negócios, a fim de verificar se eles colocariam em
risco, de qualquer forma, as “infraestruturas críticas”, “recursos-chave” ou
“setores críticos” para a economia do país.
Fazendo uso deste aparato legal,
George Bush, em 1990 e Barack Obama, em 2012, formalmente proibiram a venda de
empresas e ativos norte-americanos a agentes estrangeiros.
A crise de 2008 e sua transição de
longa duração perpassa os dois partidos do sistema político americano. Obama
deu uma resposta ao colapso do mercado imobiliário especulativo com
keynesianismo monetário imprimindo dólares para reativar a economia e salvar o
sistema bancário-financeiro. Trump buscou responder ao problema da abertura
comercial e da fuga da indústria para a Ásia com um protecionismo ideológico
violento, mas calcado em políticas de longo prazo do Estado norte-americano. E
agora Biden busca readequar esse protecionismo às pautas ideológicas do Partido
Democrata. Mas o fato é que o neoliberalismo pré-2008 não volta mais.
Trump e Biden já fazem parte de uma
nova hegemonia neofordista nos EUA como reação ao desemprego e a
internacionalização da indústria norte-americana frente à ascensão da China
como potência da inovação tecnológica. Desse modo, o protecionismo não voltou
com Trump, não foi derrotado ou vitorioso com Biden, mas se reestrutura e é
aprofundado em novos termos como pilar central do novo regime de acumulação de marcado
pela competição industrial entre EUA e China, e com a Alemanha insistindo em
moderar os dois enquanto domina a ferro e fogo a economia européia. O
monetarismo-fiscalista alemão sobrevive ao sugar os orçamentos dos países
periféricos da Europa com o Euro, mas nos EUA a emissão do dólar já voltou a
ser uma arma de competição, assim como o câmbio desvalorizado chinês. · Nivaldo
Oliskovicz You can listen to Biden here https://www.facebook.com/POTUS/videos/734262167231096/
Nivaldo, mas Eles (USA)
encontrarão dificuldades cada vez maior em seus planos de parceria em relação a
outros países, que já enxergam as manobras "dos governos" Estadunidense que tenta manter a
América do Sul a todo custo sob sua tutela. Por isso acho que esse modelo tende
ao fracasso no futuro ficando isolado do resto do mundo já que as outras
potências econômicas desenvolve tecnologias e ciências com eficiência igual ou
maior , eu sei que eles tem muito oxigênio ainda mas o planeta e seus
habitantes sabem que precisam de uma mudança radical em seu modo de
sobrevivência social-econômica ou a espécie que já sofre com o modelo atual
continuará sua marcha para o fim.
Eu peço que não repare na simplicidade do comentário pois não
pertenço a nenhum espaço acadêmico ,apenas sou uma pessoa que observa e tenta
aprender com pessoas como vc que se dá ao trabalho de vir trazer a verdade dos
fatos. Obrigada.
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